RICHARD “DICK” GRAYSON
Postado por Augusto S. em Richard Grayson
“Mudar é sempre mais difícil do que permanecer o mesmo. É preciso coragem para se encarar no espelho e ver além do reflexo. Para encontrar o que você deveria ter sido. O que você perdeu pelos cruéis eventos de infância. Eventos que pegaram a trajetória natural da sua vida e a distorceram. Mudar para algo inimaginável, ou mesmo incrível, te dando a coragem para abraçar o seu legado, o seu destino.”
(Richard Grayson)
Esse é um post “diferente” pra mim. Acho que será a primeira vez que escreverei sem ter uma revista/saga em foco, apenas o personagem em si. Falar dele, de tudo que sei e tudo que já li.
Falar dele não é a mesma coisa que falar dos demais personagens. Os demais podem ser bons também, mas não “a altura”. Se é pra dar nome aos bois, digo Tim Drake, Damian Wayne, Jason Todd, Cassandra Cain, Azrael (Valley e Lane), Jim e Barbara Gordon e qualquer outro. O único que dentro do universo morcego tem o “destaque”, participação em vários grupos de heróis, em revistas que não são as dele e está na estrada e nas bancas há no mínimo 7 décadas fora o Batman, é Dick Grayson.
Pode parecer errado começar a explicar o universo do Batman e deixar o post do Dick Grayson pra tão… “tarde”. Até pra nós que escrevemos os textos aqui no blog isso pareceu errado. Depois de sagas como “Terremoto“, “Terra de Ninguém“, “Assassino?/Fugitivo“, “Silêncio” e até mesmo as dele como Batman, não tinha como achar que estávamos em débito com o post dele, mas de fato ainda não era possível.
A questão era simples. Ele está presente em praticamente TUDO, desde o início, então como fazer um bom texto detalhado sobre ele sem dar centenas despoilers? Com o reboot, chegamos ao fim das histórias do Batman como conhecemos, dando palco para uma “nova versão” das coisas. E tendo então encerrado uma época, não há mais nada de novo a se acrescentar na história do Asa Noturna como conhecemos (o pré-reboot). Melhor hora impossível.
Pode parecer errado começar a explicar o universo do Batman e deixar o post do Dick Grayson pra tão… “tarde”. Até pra nós que escrevemos os textos aqui no blog isso pareceu errado. Depois de sagas como “Terremoto“, “Terra de Ninguém“, “Assassino?/Fugitivo“, “Silêncio” e até mesmo as dele como Batman, não tinha como achar que estávamos em débito com o post dele, mas de fato ainda não era possível.
A questão era simples. Ele está presente em praticamente TUDO, desde o início, então como fazer um bom texto detalhado sobre ele sem dar centenas despoilers? Com o reboot, chegamos ao fim das histórias do Batman como conhecemos, dando palco para uma “nova versão” das coisas. E tendo então encerrado uma época, não há mais nada de novo a se acrescentar na história do Asa Noturna como conhecemos (o pré-reboot). Melhor hora impossível.
Apesar de já termos abordado aqui outros personagens que apareceram bem depois, podem notar que só foram apresentados no momento CERTO, onde não seriam necessários spoilers. Não daria certo colocar esse texto no início do blog se a intenção é respeitar o máximo possível a cronologia dos fatos. Como poderíamos falar na íntegra de tudo que esse personagem “é” e “fez” ao longo de todos esses anos sem dar spoilers? Impossível. Mas a hora chegou.
Dá pra fazer um texto exclusivo sobre cada pedaço da história dele. Um pro convívio dele com o Batman, um só pros fatos ocorridos dele como Robin, outro pros acontecimentos como Asa Noturna, um só pra Bludhaven, outro só da relação dele com a Barbara Gordon, um texto sobre a consideração mútua entre ele e o Superman, outro a respeito dele com os demais heróis e grupos de heróis como os Outsiders, os Titãs, Jovens Titãs e até da Liga da Justiça – sendo que ele já foi líder desses 4 últimos grupos, que acredito eu serem os quatro maiores e principais da DC até poucos anos atrás. Lembrando que alguns desses textos não seriam possíveis nem com o Batman, pois o Morcego não é lá de muitas interações.
Dá pra fazer um texto exclusivo sobre cada pedaço da história dele. Um pro convívio dele com o Batman, um só pros fatos ocorridos dele como Robin, outro pros acontecimentos como Asa Noturna, um só pra Bludhaven, outro só da relação dele com a Barbara Gordon, um texto sobre a consideração mútua entre ele e o Superman, outro a respeito dele com os demais heróis e grupos de heróis como os Outsiders, os Titãs, Jovens Titãs e até da Liga da Justiça – sendo que ele já foi líder desses 4 últimos grupos, que acredito eu serem os quatro maiores e principais da DC até poucos anos atrás. Lembrando que alguns desses textos não seriam possíveis nem com o Batman, pois o Morcego não é lá de muitas interações.
Se for pra fazer uma lista de tudo que ele já fez, pega mais de uma página. O cara foi líder dos Titãs, líder da Liga da Justiça, lider dos Outsiders, já foi Robin, já substituiu o Batman 2 vezes, é o segundo no comando do exército dos morcegos, já conquistou Bárbara Gordon, Starfire, Caçadora, Donna Troy, deixou a Supergirl na intenção, já ficou entre a vida e a morte uma porção de vezes , conseguiu o respeito de 3 personagens hiper difíceis do universo DC (Batman, Damian e Bane)… E a lista continua.
Ele tem tanta história quanto o Batman. Só pra vocês se situarem: o Morcego foi criado em 1938, Dick Grayson em 1940 (mesmo ano do Coringa), e o Jason Todd (o segundo Robin), só veio aparecer em 1983, ou seja, 43 anos depois. O que nós estamos fazendo nesse blog é contar a história do Batman. Já estamos no post nº 100 e ainda tem MUITA coisa pra vir. Contar detalhadamente a história do Grayson renderia outro blog, mas como o Morcego já é trabalho suficiente, assumi o desafio de “resumir” a história de Dick Grayson aqui.
Lembrando mais uma vez que ele já foi Batman também. Uma veztemporariamente, com o original de olho, e outra oficialmente, ocupando de fato o cargo mais alto da família Wayne e da família dos morcegos durante a “morte” do Bruce. Ele foi o foco principal aqui no blog temporariamente.
Alguns podem achar que ele é uma mera sombra mais “divertida” e “social” do Batman, coisa que acho idiota sendo que o próprio Batman diz que ele é bom demais para viver na sombra dele. Esse texto é dedicado a ele que é Asa Noturna, foi Robin e ex-Batman (nada impede que volte a ser), Richard John Grayson.
Ele tem tanta história quanto o Batman. Só pra vocês se situarem: o Morcego foi criado em 1938, Dick Grayson em 1940 (mesmo ano do Coringa), e o Jason Todd (o segundo Robin), só veio aparecer em 1983, ou seja, 43 anos depois. O que nós estamos fazendo nesse blog é contar a história do Batman. Já estamos no post nº 100 e ainda tem MUITA coisa pra vir. Contar detalhadamente a história do Grayson renderia outro blog, mas como o Morcego já é trabalho suficiente, assumi o desafio de “resumir” a história de Dick Grayson aqui.
Lembrando mais uma vez que ele já foi Batman também. Uma veztemporariamente, com o original de olho, e outra oficialmente, ocupando de fato o cargo mais alto da família Wayne e da família dos morcegos durante a “morte” do Bruce. Ele foi o foco principal aqui no blog temporariamente.
Alguns podem achar que ele é uma mera sombra mais “divertida” e “social” do Batman, coisa que acho idiota sendo que o próprio Batman diz que ele é bom demais para viver na sombra dele. Esse texto é dedicado a ele que é Asa Noturna, foi Robin e ex-Batman (nada impede que volte a ser), Richard John Grayson.
Dick Grayson é o Robin mais famoso, sem dúvidas. Em primeiro lugar devido a ignorância do mundo. Quase ninguém sequer sabe que o Batman teve mais de um Robin. Quando se fala em Robin, só lembram do camarada bobalhão de sunga verde que vive dizendo “Santa isso, Batman!”, “Santa aquilo, Batman!”. Segundo, mesmo que soubessem que existem mais Robins, o Grayson tem muito mais influência e tempo de histórias que todos os demais juntos se bobear.
Mas para contar a história dele, vamos começar do início… Circo Haley? Não. Circo Haley não foi o início. O início da história de Dick Grayson foi do “lado de cá” das páginas, numa conversa muito real entre Bob Kane e Bill Finger, em 1940.
Uma das fontes de inspiração para se criar o Batman foi Sherlock Holmes, e uma coisa que incomodava Bill Finger é que Batman não tinha com quem falar durante as histórias, nas ruas, na ação. Sherlock Holmes tinha um Watson, e o Batman? Tinha o quê? Bill estava ficando cansado de ter sempre que fazer linhas de pensamento pessoais do Batman ao invés de colocá-lo conversando com alguém.
Bill Finger queria (com razão) dar um leque novo de possibilidades na história, quebrar certa monotonia de ser sempre o Batman pra tudo, e claro, trazer um personagem mais jovem, com outras opiniões e outras características, para aproximar leitores mais jovens e fazer os mesmos se identificarem com o novo personagem.
O nome veio da fonte que costuma a ser a primeira referência que salta na mente,Robin Hood. Então, enfim, em 1940, nasce Dick Grayson. Agora sim, vamos para o começo da história do “lado de dentro” das revistas, o Circo Haley.
Um circo, um simples circo, mas não para nós. Esse circo conta com a família de acrobatas conhecida como os Grayson Voadores. John Grayson, Mary Grayson e Richard Grayson. Você pode ler a história clicando aqui. Décadas a frente dessa “origem”, foi revelado que havia outra criança que entrou posteriormente para a equipe dos Grayson Voadores, garoto esse que na época era muito melhor que o Dick, e que acabou se envolvendo em uma confusão na qual talvez Dick pudesse ter ajudado e não ajudou, resultando em ossos quebrados e por consequência, incapacidade de prosseguir como acrobata na equipe. Essa “adição” rolou durante a história “Julgamento em Gotham”, que é relativamente recente.
Algum tempo depois, John e Mary morrem durante seu número nas alturas, caindo lá de cima (como manda a gravidade) direto para a morte. E assim como no caso do “outro garoto” na equipe… Tempos a frente foi “adicionado” que na verdade aquilo não foi um acidente, mas sim uma sabotagem.
Antes a culpa era direcionada somente ao Zucco (que ainda veio a ser dono do circo), em um rolo envolvendo extorção em troca de proteção, e como o dono do circo na época se negou, os caras sabotaram os trapézios. E atualmente a culpa está direcionada à Corte das Corujas… Um tremendo rolo que não vem ao caso no momento, pois já é material pós-reboot.
O destino arranhou a lousa do universo e fez o mundo se encolher perante aos acasos que estão ai para nosso deleite. Quem estava na platéia naquela noite? Não era o Jason Bourne. Se fosse ele vocês não o encontrariam, ele é que encontraria vocês. Lá era Bruce Wayne. Na época ainda era apenas milionário, não podendo competir com José Safra e a família Marinho.
Essa história tem a versão calma e bonita, e a versão Frank Miller. A versão “elipse no peito e sorriso na cara” e a versão “Goddamn Batman”. Na versão calma, ele é levado para a mansão Wayne para ser criado como filho adotivo de Bruce Wayne, passando a viver lá sozinho com ele e seu mordomo, Alfred Pennyworth. Esse papo deu pano pra manga nos anos 40/50, quando um psicólogo (desocupado) começou a insinuar que havia relação sexual entre Batman e Robin, sendo desmascarado logo sem seguida, mas não sem antes causar um estrago na mente de quem não conhece os quadrinhos. Você pode ler mais sobre isso nos seguintes links:
Antes a culpa era direcionada somente ao Zucco (que ainda veio a ser dono do circo), em um rolo envolvendo extorção em troca de proteção, e como o dono do circo na época se negou, os caras sabotaram os trapézios. E atualmente a culpa está direcionada à Corte das Corujas… Um tremendo rolo que não vem ao caso no momento, pois já é material pós-reboot.
O destino arranhou a lousa do universo e fez o mundo se encolher perante aos acasos que estão ai para nosso deleite. Quem estava na platéia naquela noite? Não era o Jason Bourne. Se fosse ele vocês não o encontrariam, ele é que encontraria vocês. Lá era Bruce Wayne. Na época ainda era apenas milionário, não podendo competir com José Safra e a família Marinho.
Essa história tem a versão calma e bonita, e a versão Frank Miller. A versão “elipse no peito e sorriso na cara” e a versão “Goddamn Batman”. Na versão calma, ele é levado para a mansão Wayne para ser criado como filho adotivo de Bruce Wayne, passando a viver lá sozinho com ele e seu mordomo, Alfred Pennyworth. Esse papo deu pano pra manga nos anos 40/50, quando um psicólogo (desocupado) começou a insinuar que havia relação sexual entre Batman e Robin, sendo desmascarado logo sem seguida, mas não sem antes causar um estrago na mente de quem não conhece os quadrinhos. Você pode ler mais sobre isso nos seguintes links:
- “O doutor que odiava heróis”
http://super.abril.com.br/cultura/doutor-odiava-herois-444538.shtml - “Fredric Wertham manipulou dados do livro Sedução do Inocente”
http://www.universohq.com/noticias/fredric-wertham-manipulou-dados-do-livro-seducao-do-inocente/ - “How one man’s lies almost destroyed the comics industry”
http://io9.com/5985199/how-one-mans-lies-almost-destroyed-the-comics-industry
A versão mais moderna dessa história é com roteiros do Frank Miller e desenhos do Jim Lee (na época era só desenhista, e atualmente um dos 3 maiores da DC abaixo da dona). Foi publicada nas primeiras edições da série “All Star Batman and Robin the Boy Wonder”, e você pode lê-la na íntegra clicando aqui para baixar as HQs (disponibilizadas pela Jéssica).
Nessa versão, Batman é um sujeito mais perturbado do que heróico. Egocêntrico, extremamente auto-confiante e ao mesmo tempo apresentando algumas inseguranças bestas tentando assustar/impressionar o garoto, vide a apresentação da Batcaverna ao Dick. Batman fez questão de levá-lo a um passeio de batmóvel. Uma tentativa que ele achou ter sido falha de impressionar o garoto, que ficou quieto mas na verdade estava impressionado mesmo.
No passeio esse o carro mergulhou na água e voou pelo céu (voar na água e mergulhar no céu com certeza iria impressionar até os leitores) e enfim chegou na Batcaverna, que por si só já seria suficiente pra deixar qualquer um de boca aberta.
Chegando na caverna, aquela parafernália toda, e o moleque assustado mas não querendo dar o braço a torcer. Bruce o largou para sobreviver lá. Ele decidiu ser um projeto de Robin Hood, usando capuz e etc, Bruce logo lhe deu uma lição, capuz pode atrapalhar se o puxarem pra frente do rosto. Lição essa que quem é fã a ponto de decorar essas passagens foi a loucura quando viu Dick Grayson (ocupando o “cargo de Batman”) a repetindo, anos depois, para seu novo Robin (Damian Wayne). Mas isso é outra história, logo chegaremos nela (Não vale avançar o texto pra chegar nessa parte).
Ele passa nos conceitos de Bruce e obviamente foi treinado pelo mesmo. Dick Grayson já possuía flexibilidade e físico muito bons devido ao fato de ser acrobata. Ele não teve diversos mestres como o Bruce, nem como Tim Drake. Nada de mestres como Kigiri, David Cain, Lady Shiva, Henry Ducard nem nada, aprendeu direto com o Batman. Mas pra que essa tonelada de mestres se o Batman foi treinado por eles?
Um dos primeiros casos onde Grayson foi levado firme em missão solo foi um encontro com Hal Jordan, um membro da tropa dos Lanternas Verdes. Até a época, os lanternas tinham fraqueza contra a cor amarela, seus constructos de energia gerados pelo anel energetico que usam quebravam ou não funcionavam sobre coisas de cor amarela.
Isso era devido a um fato melhor explicado na revista do Lanterna Verde. (Que nada, imagina, ia estar na revista do Aquaman). Um resumo mega grotesco que vocês podem entender melhor lendo o post “A Noite Mais Densa”: Existem 7 espectros de cor no universo, cada cor tem uma tropa de lanternas, e cada tropa usa um sentimento diferente para criar seus constructos. Cada tropa tem um animal/deus/entidade energética viva.
No passeio esse o carro mergulhou na água e voou pelo céu (voar na água e mergulhar no céu com certeza iria impressionar até os leitores) e enfim chegou na Batcaverna, que por si só já seria suficiente pra deixar qualquer um de boca aberta.
Chegando na caverna, aquela parafernália toda, e o moleque assustado mas não querendo dar o braço a torcer. Bruce o largou para sobreviver lá. Ele decidiu ser um projeto de Robin Hood, usando capuz e etc, Bruce logo lhe deu uma lição, capuz pode atrapalhar se o puxarem pra frente do rosto. Lição essa que quem é fã a ponto de decorar essas passagens foi a loucura quando viu Dick Grayson (ocupando o “cargo de Batman”) a repetindo, anos depois, para seu novo Robin (Damian Wayne). Mas isso é outra história, logo chegaremos nela (Não vale avançar o texto pra chegar nessa parte).
Ele passa nos conceitos de Bruce e obviamente foi treinado pelo mesmo. Dick Grayson já possuía flexibilidade e físico muito bons devido ao fato de ser acrobata. Ele não teve diversos mestres como o Bruce, nem como Tim Drake. Nada de mestres como Kigiri, David Cain, Lady Shiva, Henry Ducard nem nada, aprendeu direto com o Batman. Mas pra que essa tonelada de mestres se o Batman foi treinado por eles?
Um dos primeiros casos onde Grayson foi levado firme em missão solo foi um encontro com Hal Jordan, um membro da tropa dos Lanternas Verdes. Até a época, os lanternas tinham fraqueza contra a cor amarela, seus constructos de energia gerados pelo anel energetico que usam quebravam ou não funcionavam sobre coisas de cor amarela.
Isso era devido a um fato melhor explicado na revista do Lanterna Verde. (Que nada, imagina, ia estar na revista do Aquaman). Um resumo mega grotesco que vocês podem entender melhor lendo o post “A Noite Mais Densa”: Existem 7 espectros de cor no universo, cada cor tem uma tropa de lanternas, e cada tropa usa um sentimento diferente para criar seus constructos. Cada tropa tem um animal/deus/entidade energética viva.
A cor amarela é a cor movida pela força do medo, e o deus/entidade regente é Parallax, e esse tal de Parallax (que parece uma lacraia amarela gigante espacial) causou problema para a tropa verde há tempos e como não podia ser derrotado, o único jeito foi trancá-lo na bateria central que dá as energias de todos os anéis verdes da tropa, então pela influencia energética amarela vinda direto da fonte, os anéis verdes não funcionavam sobre a cor amarela. É, simples assim. Se eu ou você nos pintarmos de amarelo, podemos dar um couro na tropa dos Lanternas Verdes. Quer dizer, podíamos, pois Parallax foi retirado da bateria e possuiu o corpo do Hal Jordan uns anos depois.
GRANDES PORCARIAS, isso não vinha ao caso mas achei interessante explicar. O Batman (não lembro como) sabia dessa fraqueza contra amarelo, mesmo que provavelmente não soubesse sobre o Parallax e toda a confusão dos lanternas. Ele marcou o encontro com Hal Jordan em um local que ele pintou inteiro de amarelo, e de quebra, Batman e Robin ainda pintaram a si próprios de amarelo. Rola uma já esperada confusão e Dick Grayson faz sua primeira ação épica dentro do universo DC, ele apenas como um mero garoto, desceu o cacete no Hal Jordan e lhe deu um golpe na garganta que com certeza iria matá-lo.
Isso aí, uma das primeiras coisas que Dick Grayson fez de épico em sua vida foi largar o Hal Jordan entre a vida e a morte. Se não fosse o Batman salvar o cara, ele com certeza teria morrido.
Isso aí, uma das primeiras coisas que Dick Grayson fez de épico em sua vida foi largar o Hal Jordan entre a vida e a morte. Se não fosse o Batman salvar o cara, ele com certeza teria morrido.
Sua carreira como Robin continuou, e ao lado de Batman ele enfrentou diversos vilões, como Duas-Caras, Coringa, Pinguim… tudo que o Batman metia a cara, o garoto estava junto.
Na história original de origem, lá dos anos poeirentos, uma das maiores barras que o Grayson enfrentou foi com o Duas-Caras, o que rendeu até demissão/suspensão do cargo de Robin. A Dupla Dinâmica foi pega numa armadilha do Duas-Caras, Robin conseguiu se soltar, tentou salvar um camarada que tava enrascado com o Duas-Caras também e não conseguiu, o tal homem morreu afogado na cara dele. Depois disso, o Duas-Cara ainda espancou o Robin pra valer, Batman assistiu boa parte preso. O vilão iria matá-lo se o Batman não conseguisse se soltar e o salvasse. Depois disso, Batman ficou com medo de expor o garoto a tanto perigo, resultando assim na “demissão temporária”.
Posteriormente (bastante tempo MESMO depois), o Duas-Caras torna a dar uma surra do Grayson já adulto, mas sem saber que se tratava do mesmo garoto, pois ele já estava no lugar do Bruce como Batman. Longa história.
Voltando a época como Robin… Ele voltou a fazer missões com o Batman, mas ainda assim arrumou tempo para seus estudos na faculdade, e não só para isso, também arrumou tempo para suas aventuras solo, mostrando-se um talentoso combatente do crime.
Em torno dessa época, uma jovem ruiva fã do Batman resolve combater o crime nas ruas por conta própria. Ela é a filha do Comissário Gordon, Bárbara Gordon. Desde o início Batman e Robin sabiam quem era a tal Batgirl. Nos primeiros períodos essa ideia não foi muito bem recebida nos conceitos do morcego. Mas O QUE é bem recebido por ele de primeira? Não duvido que durante o parto da Martha Wayne o bebê Bruce tenha dito ao médico “Não preciso de sua ajuda”, improvisando uma capa de placenta e um cinto de cordão umbilical e saindo pela janela.
A cena dos dois espionando Barbara foi engraçada. Ambos no alto de algum prédio, olhando de binóculo para a janela de Bárbara; quando ela foi trocar de roupa para vestir o uniforme o Batman parou de olhar pelo binóculo, mas o Grayson continuou, então logo veio a imagem da mão do Batman na frente das lentes, acabando com a diversão do tarado-prodígio.
Eles começaram algumas missões juntos, se envolveram… O Batman era chamado em missões da Liga da Justiça e deixava os dois tomando conta de Gotham, e ambos saiam a paisana pra tomar sorvete, como dois amiguinhos coloridos. E Gotham que se %¢$#.
Bom… A menina com o tempo foi amolecendo o Morcego, e ele em sinal de boa fé, enviou uma caixa pra casa dela com equipamentos para combater o crime. Robin e Batgirl, uma grande dupla, de amigos, de combatentes do crime, e de praticamente namorados.
Na primeira vez que Robin viu o Superman, ele ficou fascinado. Batman não curtiu muito, mas teve que aceitar.
Não demorou muito e ele foi convidado pela Ravena, junto a vários outros jovens heróis, para formarem os Jovens Titãs (Quem me deeera ao menos uma veeez… ♪♩).
Nessa mesma época as idéias dele e o morcego já não estavam batendo. Boa parte disso em razão dele ter levado um tiro no ombro, dado pelo Coringa. A metodologia de combate ao crime dele e do morcego começaram a não bater e ele decide deixar de ser a dupla do Batman, seguindo carreira solo com sua nova patota teenager. Se mandou de Gotham pra Nova York, largou a faculdade no primeiro período, e deixou de ser Robin também.
Esse último item não foi simples.Batman deixou claro que se não fosse pra ser parceiro dele, então ele não podia mais ser Robin.Lançou um épico “sou eu que sustento esse mafuá que você vive, malandro”. O moleque largou os trapos de passarinho e a grande mansão Wayne pra trás e se emburacou de vez em Nova York. É óbvio que só a vontade de dar tapa em vagabundo não ia bastar. Junto dos Titãs estava bela alien Koriand’r, abreviada para “Kori”, mais famosa como “Starfire”, ou “Estelar” como é conhecida por aqui.
Como diria o vovô-garoto, “o negócio já tá fritando”. O amor envolveu o jovem molecóide. Ele olhou pra Starfire e perguntou “Você gosta de peixe?”, ela respondeu “Sim”, e ele então deu o fatality “Prazer. Muleque piranha.” E o resto só aquele lá de cima sabe. Aquele que tudo vê e tudo ouve… O Superman. Zuera, o Clark tava fora disso. Mas então.
Ele era um Jovem Titã, era um herói, mas não tinha mais uniforme nem identidade. Dick Grayson chegou a considerar a hipótese de deixar de combater o crime. Então, sob papos do Superman (dessa vez é sério), as coisas mudaram de figura. O Superman pode não ser lá o melhor exemplo de eficiência, sendo que ele é praticamente um guerreiro deus e deixa MUITA coisa acontecer (o que foi tema pra história “Liga da Justiça: Elite”, uma história MUITO boa, mas que não vem ao caso aqui), mas o cara é inspirador.
Bom… A menina com o tempo foi amolecendo o Morcego, e ele em sinal de boa fé, enviou uma caixa pra casa dela com equipamentos para combater o crime. Robin e Batgirl, uma grande dupla, de amigos, de combatentes do crime, e de praticamente namorados.
Na primeira vez que Robin viu o Superman, ele ficou fascinado. Batman não curtiu muito, mas teve que aceitar.
Não demorou muito e ele foi convidado pela Ravena, junto a vários outros jovens heróis, para formarem os Jovens Titãs (Quem me deeera ao menos uma veeez… ♪♩).
Nessa mesma época as idéias dele e o morcego já não estavam batendo. Boa parte disso em razão dele ter levado um tiro no ombro, dado pelo Coringa. A metodologia de combate ao crime dele e do morcego começaram a não bater e ele decide deixar de ser a dupla do Batman, seguindo carreira solo com sua nova patota teenager. Se mandou de Gotham pra Nova York, largou a faculdade no primeiro período, e deixou de ser Robin também.
Esse último item não foi simples.Batman deixou claro que se não fosse pra ser parceiro dele, então ele não podia mais ser Robin.Lançou um épico “sou eu que sustento esse mafuá que você vive, malandro”. O moleque largou os trapos de passarinho e a grande mansão Wayne pra trás e se emburacou de vez em Nova York. É óbvio que só a vontade de dar tapa em vagabundo não ia bastar. Junto dos Titãs estava bela alien Koriand’r, abreviada para “Kori”, mais famosa como “Starfire”, ou “Estelar” como é conhecida por aqui.
Como diria o vovô-garoto, “o negócio já tá fritando”. O amor envolveu o jovem molecóide. Ele olhou pra Starfire e perguntou “Você gosta de peixe?”, ela respondeu “Sim”, e ele então deu o fatality “Prazer. Muleque piranha.” E o resto só aquele lá de cima sabe. Aquele que tudo vê e tudo ouve… O Superman. Zuera, o Clark tava fora disso. Mas então.
Ele era um Jovem Titã, era um herói, mas não tinha mais uniforme nem identidade. Dick Grayson chegou a considerar a hipótese de deixar de combater o crime. Então, sob papos do Superman (dessa vez é sério), as coisas mudaram de figura. O Superman pode não ser lá o melhor exemplo de eficiência, sendo que ele é praticamente um guerreiro deus e deixa MUITA coisa acontecer (o que foi tema pra história “Liga da Justiça: Elite”, uma história MUITO boa, mas que não vem ao caso aqui), mas o cara é inspirador.
Ele contou sobre o herói da cidade de Kandor, em Krypton. Herói que se chamava Asa Noturna. Um ser que sonhava com um mundo de justiça, ser este que nunca ninguém soube a real identidade, apenas o conheciam pelo nome de Asa Noturna.Aí estava a resposta. O primeiro uniforme foi um lixo, tragédia cósmica. Queria eu que Galactus tivesse engolido a Terra antes dele pensar naquela roupa. Ok, sem exageros.
A estréia de Asa Noturna foi logo salvando seus companheiros Titãs que tinham sido capturados pelo Deathstroke (Slade Wilson, o sujeito que até hoje eu não sei se nasceu ou se foi vomitado) e entregues pra HIVE. É quase o papo do Deadpool (Wade Wilson) com a HYDRA. Sim, a Marvel e a DC parece que vivem num espelho. Me importo tanto com isso que caguei um dvd pirata do G.I. Joe aqui. Agora vamos lá.
Dick continuou sua nova carreira, passando por momentos bons e ruins ao lado dos Titãs. Com altos e baixos em seu namorico com a Starfire, e depois ainda teve de assistir o Bruce treinando um novo Robin.
O tempo passou, voou, o Unibanco foi comprado pelo Itaú, e numa espécie de “aparição Jamanta” dos quadrinhos, o Zucco não morreu. Zucco pra quem não lembra foi o responsável pela morte dos pais do Dick. Bruce sempre disse ao Dick que o Zucco tinha morrido, mas ele descobre que na verdade o Zucco tinha ficado em coma, depois foi preso e enfim liberto. Batman escondeu isso dele pois sempre achou que ele queria o Zucco morto. As coisas ficaram mais feias ainda entre ele e o Morcego.
Não sei quem pos olho gordo, ou quem fez a uruca maligna, mas o novo Robin (Jason Todd) logo cantou pra subir e deixou Batman sozinho mais uma vez. Nesse período, Batman ficou mais violento que guarda municipal, achando que é polícia só porque tem colete e porte de arma. Então passou a ser parte da natureza generosa do pitboy das trevas descer um cacete em meio mundo pra descontar suas frustrações. Quem tinha amor a vida ficava quieto pra não virar bombril nas panelas da mansão.
Nessa época, Dick Grayson foi abordado pelo inteligente Tim Drake. Você pode ler essa história clicando aqui. O garoto deduziu por conta própria que o Robin era Dick Grayson, o garoto do circo, que aquele Robin se tornou Asa Noturna, e que o Batman só podia ser o Bruce Wayne. Segundo Tim Drake, vendo vídeos da Dupla Dinâmica, notou que o Robin deu um mortal quádruplo, coisa que só o garoto mais novo dos Grayson Voadores conseguia fazer.
Grayson aprovou o rapaz, levou ele ao Batman, e após uma sequencia de ação, lá estava o novo garoto prodigio. A convicência do Jason com o Dick nunca foi lá muito constante nem nada, até porque o Batman meio que esperava/achava que o Jason tinha que ser tão bom quanto seu antecessor, mas ele não tinha todo talento. Já com Tim Drake o Dick tinha bastante contato e o tratava MESMO como irmão mais novo.
A admiração ia e vinha de ambos lados. Tudo que Drake não entendia ou não gostava vindo do Batman, o Grayson apaziguava explicando. O filho mais velho protegendo o mais novo de levar esporro do pai chato.
A estréia de Asa Noturna foi logo salvando seus companheiros Titãs que tinham sido capturados pelo Deathstroke (Slade Wilson, o sujeito que até hoje eu não sei se nasceu ou se foi vomitado) e entregues pra HIVE. É quase o papo do Deadpool (Wade Wilson) com a HYDRA. Sim, a Marvel e a DC parece que vivem num espelho. Me importo tanto com isso que caguei um dvd pirata do G.I. Joe aqui. Agora vamos lá.
Dick continuou sua nova carreira, passando por momentos bons e ruins ao lado dos Titãs. Com altos e baixos em seu namorico com a Starfire, e depois ainda teve de assistir o Bruce treinando um novo Robin.
O tempo passou, voou, o Unibanco foi comprado pelo Itaú, e numa espécie de “aparição Jamanta” dos quadrinhos, o Zucco não morreu. Zucco pra quem não lembra foi o responsável pela morte dos pais do Dick. Bruce sempre disse ao Dick que o Zucco tinha morrido, mas ele descobre que na verdade o Zucco tinha ficado em coma, depois foi preso e enfim liberto. Batman escondeu isso dele pois sempre achou que ele queria o Zucco morto. As coisas ficaram mais feias ainda entre ele e o Morcego.
Não sei quem pos olho gordo, ou quem fez a uruca maligna, mas o novo Robin (Jason Todd) logo cantou pra subir e deixou Batman sozinho mais uma vez. Nesse período, Batman ficou mais violento que guarda municipal, achando que é polícia só porque tem colete e porte de arma. Então passou a ser parte da natureza generosa do pitboy das trevas descer um cacete em meio mundo pra descontar suas frustrações. Quem tinha amor a vida ficava quieto pra não virar bombril nas panelas da mansão.
Nessa época, Dick Grayson foi abordado pelo inteligente Tim Drake. Você pode ler essa história clicando aqui. O garoto deduziu por conta própria que o Robin era Dick Grayson, o garoto do circo, que aquele Robin se tornou Asa Noturna, e que o Batman só podia ser o Bruce Wayne. Segundo Tim Drake, vendo vídeos da Dupla Dinâmica, notou que o Robin deu um mortal quádruplo, coisa que só o garoto mais novo dos Grayson Voadores conseguia fazer.
Grayson aprovou o rapaz, levou ele ao Batman, e após uma sequencia de ação, lá estava o novo garoto prodigio. A convicência do Jason com o Dick nunca foi lá muito constante nem nada, até porque o Batman meio que esperava/achava que o Jason tinha que ser tão bom quanto seu antecessor, mas ele não tinha todo talento. Já com Tim Drake o Dick tinha bastante contato e o tratava MESMO como irmão mais novo.
A admiração ia e vinha de ambos lados. Tudo que Drake não entendia ou não gostava vindo do Batman, o Grayson apaziguava explicando. O filho mais velho protegendo o mais novo de levar esporro do pai chato.
Nos Titãs, as coisas ficaram confusas com a abdução de vários membros pela “Wildebeest Society”, novos heróis indo e vindo do grupo, uma bagunça. Os Titãs ficaram com a moral e confiança mais baixas que o Nelson Ned, mas mesmo nesse período tão difícil, Dick Grayson continuava sendo o líder e o coração do time, mantendo o que restava.
Ele estava cada vez mais envolvido com a Starfire (a história do peixe deu certo), chegou a propor casamento para a Kori, e quase casou mesmo. Pouco tempo antes do momento, a Ravena foi dominada pelo próprio pai (Trigon), e durante a zona universal, ela (que na verdade era “ele”) plantou uma semente do demônio, essência do mal ou qualquer porcaria maligna na Kori, obrigando-a a ter que deixar a Terra e entrar em uma jornada espiritual, largando Grayson aqui, solteirão. Não que isso seja problema né, ainda tem a Caçadora, a Barbara, a Supergirl, e qualquer uma que ele tenha 5 minutos pra conversar.
Ele estava cada vez mais envolvido com a Starfire (a história do peixe deu certo), chegou a propor casamento para a Kori, e quase casou mesmo. Pouco tempo antes do momento, a Ravena foi dominada pelo próprio pai (Trigon), e durante a zona universal, ela (que na verdade era “ele”) plantou uma semente do demônio, essência do mal ou qualquer porcaria maligna na Kori, obrigando-a a ter que deixar a Terra e entrar em uma jornada espiritual, largando Grayson aqui, solteirão. Não que isso seja problema né, ainda tem a Caçadora, a Barbara, a Supergirl, e qualquer uma que ele tenha 5 minutos pra conversar.
Não falei dessa parte ainda, né? Ele teve uns romances com a Helena Bertinelli (Caçadora), uma dupla meio instável. Ela quer a aprovação do Batman, ele já tem. Ela quer ser oficialmente ser da equipe, ele é o 2º no comando, ela tem problemas com os métodos do Batman, ele aprendeu a lidar. É como o namorado calmo querendo acalmar a namorada nervosa. “Namoro” foi um termo meio sério, só estavam se testando. Acho.
Leram Supergirl ali e ficaram curiosos? A kryptoniana prima do Supeman, Kara Zor-El, a Supergirl, não deixa de ser uma adolescente. O que uma garota nova faria ao ver um sujeito bonito, sarado, com uma pequena fortuna própria e herdeiro dos bilhões da família Wayne, com um instinto de liderança incomparável, respeito de todos heróis (com e sem super-poderes)? A resposta é óbvia. Clara como o sol que dá os poderes pra moçoila. Por essas e outras a Supergirl nunca daria condição pra você que está lendo, ou pra mim. O Asa Noturna tá lá salvando o mundo e nós tamo no morro do marreco molhado denegrindo nossa existência com o tal do álcool. Parece até que a gente ganha pra isso.
A pequena fortuna própria de que falei tem uma origem bacana. Como vocês devem saber, Lucius Fox é um baita empreendedor/empresário/bruxo do dinheiro. Bastante tempo depois da morte de seus pais, Dick descobriu que eles tinham deixado algum dinheiro pra ele. Nada que desse pra ele começar uma vida, mas nas mãos do Lucius Fox a coisa mudou de figura. Aquela quantia modesta de dinheiro virou uma pequena fortuna. “E agora dá pra começar a vida?”, queridos, agora dava até pra terminar com a vida dos outros também. Não era uma “fortuna dos Wayne”, mas só com esse lucro o Grayson passou a poder bancar todos equipamentos de Asa Noturna, comprar um apartamento em Bludhaven e comprar o Circo Haley pra si. Se fosse um pouco mais de dinheiro ele comprava até a tia do bátema.
A pequena fortuna própria de que falei tem uma origem bacana. Como vocês devem saber, Lucius Fox é um baita empreendedor/empresário/bruxo do dinheiro. Bastante tempo depois da morte de seus pais, Dick descobriu que eles tinham deixado algum dinheiro pra ele. Nada que desse pra ele começar uma vida, mas nas mãos do Lucius Fox a coisa mudou de figura. Aquela quantia modesta de dinheiro virou uma pequena fortuna. “E agora dá pra começar a vida?”, queridos, agora dava até pra terminar com a vida dos outros também. Não era uma “fortuna dos Wayne”, mas só com esse lucro o Grayson passou a poder bancar todos equipamentos de Asa Noturna, comprar um apartamento em Bludhaven e comprar o Circo Haley pra si. Se fosse um pouco mais de dinheiro ele comprava até a tia do bátema.
“Comprou apartamento onde? Blood Raven?”. Foi em Blüdhaven. O nome é meio sem vergonha mas é uma cidade que foi muito importanto dentro do universo morcego. Dick Grayson primeiramente entrou na cidade junto a Batman para resolver um caso de assassinatos, e se não me engano pra tirar o bat-traseiro dele e do Morcego da reta. Dick acabou passando mais tempo lá do que o esperado, entrou pra força policial da cidade pra combater a corrupção de dentro pra fora, e como eu disse passou a morar lá.
Lá havia um tal de Blockbuster e… Bom, não entrarei em detalhes pois são MUITOS detalhes sobre as confusões envolvendo o Blockbuster, basta saberem que ele acabou morrendo porque o Grayson “deixou” ele morrer – coisa que o Batman nunca “permitiu” acontecer com nenhum de seus inimigos. Grayson evitou ao máximo deixar isso chegar nos ouvidos do morcego.
Bom… Ele também teve papel muito importante quando Bruce foi “quebrado” pelo Bane durante “A Queda do Morcego“. Não inicialmente, pois como ele e o Batman estavam de briguinha e o Morcego precisava de um substituto que enquadrasse na força, ele então passou o manto pro Jean Paul Valley, o antigo Azrael. “Quem não tem cão caça com gato”, já ouviram essa? Antes ele pusesse a Mulher-Gato como Batman então, porque o Jean Paul… Em nome de Nossa Senhora do Bom Parto que me dá proteção toda vez que fico pra ter um FILHO quando vejo as cagadas do Azrael, NÃO ME DESCE.
Todo Azrael só faz cagada. 80% das coisas que Azrael faz por conta própria é burrada, e não dessa vez não foi diferente, só mudou o uniforme. Ele tem algum problema sério dependendo da roupa que tá usando. Se ele fica violento quando se veste de herói, se vestissem ele de vaquinha da Parmalat o cara ia mugir e o escambau. Bom… O poder subiu a cabeça do Jean Paul e o cara começou a virar os marginais do avesso, mais do que o Batman faria.
Em vista de como a coisa ficou torta, Bruce, Tim, Selina (Kyle) e Dick juntaram no Azrael e puseram o sujeito em seu devido lugar. Mas Bruce ainda não estava pronto pra pegar o cargo de Batman de volta, passando então o manto para seu filho mais velho. Então o Asa Noturna tira uma folga e Dick Grayson passa a ser pela primeira vez, enfim, Batman.
O Bruce logo voltou a ativa, e o Grayson voltou a Blüdhaven. Mas a cidade também não durou muito.
Durante a Crise Infinita, tínhamos a “Sociedade Secreta dos Super Vilões”, uma sociedade de vilões (como o nome já diz). Dentre eles vários nomes famosos, como Lex Luthor, Deathstroke, Dr. Psycho, Talia Al Ghul e alguns outros. Bludhaven entrou de gaiata, a tal sociedade largou o “Chemo” (um sujeito que é uma bomba atômica ambulante, meio que no estilo do Lume que aparece no Julgamento de Gotham) na cidade, destruindo a porcaria toda e matando mais de 100.000 pessoas. Isso só pra desviar a atenção dos heróis quanto aos outros planos da tal Sociedade de Vilões.
Ele (Dick) ainda tentou salvar pessoas na cidade, mas os efeitos da explosão fez um estrago bom nele, e o Batman, novamente, se envolveu pra salvá-lo. Ele então resolve contar ao Batman que deixou o Blockbuster morrer, e o Batman (como sempre faz diante de um aliado caido), engoliu possíveis sermões e respeitou o momento. Ainda deu uma dica depois, mandou ele se declarar pra Barbara. E o rapaz assim o fez.
Barbara aceitou, mas Dick ainda tinha um problema a resolver. Salvar o universo. Só. O centro da “crise” que assolava na época era na tomada pelo Lex e Superboy-Prime. Asa Noturna faz um chamado de heróis para a torre e só o Superboy (Conner Kent) apareceu. Faz lembrar aquele vídeo da galera do “Porta dos Fundos”, onde eles reproduzem aquela batalha da Escócia onde a patota do William Wallace pinta a cara de branco e azul, só que no vídeo dos caras só aparecem dois no campo de batalha.
Juntos eles encontram e partem pra dentro da torre do Luthor, mas são recebidos pelo Superboy-Prime, um inimigo que… Digamos ser infinitamente forte. O Superboy original se sacrifica pra mandar o esquema bandido pro chão, e o Dick se ferra bonito, mais uma vez. Foi salvo pela Sociedade da Justiça, e despertou sob os cuidados de Bárbara.
Assim que pode voltar a andar, ele retornou a ação em Gotham, decidindo em conjunto com Bárbara que ainda não era hora de casar. Mas deixou com ela uma foto de quando eram Robin e Batgirl, e o anel de noivado, pois um dia iria pedi-la em casamento novamente.
Ao voltar a ação, ele fez parceria com Reneé Montoya e a nova Batwoman para pegar uma gangue que estava a solta pela cidade. Em época próxima a essa (nas minhas contas) ocorreu o “Terremoto” em Gotham, ele obviamente entrou na zona pra ajudar, e também estava em Gotham quando a cidade foi proclamada “Terra de Ninguém”.
Durante a “Terra de Ninguém”, Dick ficou dentro da “Gotham sem Lei” ajudando a manter e conquistar os territórios para os morcegos, e foi incumbido de uma missão que, cá entre nós, Batman abusou, apostou alto e ganhou. Mandou Asa Noturna invadir a prisão de Blackgate e tomar o controle em 24 horas. Adivinhem, ele conseguiu.
Durante a saga “Assassino?/Fugitivo”, ele não teve papel de grandes ações. Quer dizer, sempre tem, mas comparado ao que normalmente costuma a fazer, nem tanto. Só fez uma coisa que poucos ousam, enfiou um soco na cara do Batman e tentou partir pra porrada. Tanto Tim Drake quanto todos os demais e até maioria de nós realmente achamos que o Batman ia simplesmente trucidar o Grayson, mas não o fez. Acho que merecidamente, mesmo sem o Batman saber.
Dick foi o único que não questionou a inocência do Bruce.Ele não via outra resposta, mas também não considerou que ele fosse culpado. Dava para ver explicitamente (ponto pros roteiristas e desenhistas) que o Asa ficava pra matar um quando via alguém duvidar da inocência do Bruce. Quando até o Tim Drake duvidou, Grayson entrou em parafuso, quase o vi indo comprar uma cobra e batizando-a de Nathan Scott Phillips, igual o Almôndega do Aquateen. Largou o Tim falando sozinho, disse que ele não merecia usar aquele uniforme (tira esse “R” do peito, você não é Robin, você é muleque!) e se mandou. Sinistro, não? Ele fez uma reconstituição com Cassandra Cain, procurou MUITO por evidências com Bárbara, e inclusive aventurou-se por túneis não-mapeados da bat-caverna. No fim conseguiram provas de que Bruce não era o culpado.
Tempos depois quando Bruce recebeu a visita do Dr. Elliot, mais famoso como “Silêncio”, que também deu nome a saga, seu papel foi mais de “companheiro”. Ele conversando com o Batman sobre a Mulher-Gato, dando seu parecer, um papel de amigo, de filho mais velho preocupado com o pai. E essa saga também proporcionou alguns dos comentários mais brilhantes do Batman sobre ele, o Asa Noturna. Entre eles uma das afirmações mais famosas, ele merece o palco principal.
Bruce quando adotou o Jason, mesmo que inconscientemente queria que ele fosse igual ao Dick, e no fim das contas, o próprio Bruce admitiu pra si que Jason só tinha raiva, e o Dick tinha talento.
Eis um ponto que quase ninguém percebe em Dick Grayson. Apesar de ser tão espontâneo, simpático, fazer amizade com todos, não ser fechado como o Batman… Apesar de TUDO isso, ele não é daqueles “vai de primeira”. Ele normalmente fica com o pé atrás diante de grandes passos. Vejam a reação dele quando soube que a Cassandra Cain seria a Batgirl, ou nesse caso da saga “Silêncio” que ele deu uma relutada quanto ao Bruce estar se envolvendo com a Mulher-Gato. Podem ver também a demora dele a assumir o manto do morcego na “Batalha pelo Manto” quando todos os demais (Jason e Tim) já tinham catado alguns bat-trapos e ido pra rua atrás do que queriam.
E falando em Jason, na saga “Sob o Capuz”, Asa Noturna enfrenta Amazo junto ao Batman, e ainda nesses dias já adultos em carreira solo continua tendo aulas com o mestre. Segundo o próprio, ao ver Amazo, ele ainda estava pensando no que faria, e o Batman já tinha saltado pra cima do robô com um plano do que fazer.
Pra quem não lembra, Amazo é um ciborgue com capacidade de copiar os superpoderes de heróis e vilões com o qual entra em contato. Geralmente é um vilão pra Liga da Justiça, não pro Batman sozinho.
Na saga “Jogos de Guerra“, Asa Noturna entrou no colégio de Tim Drake para salvar alunos, juntou-se a polícia (que também estava sob comando do Batman) em um combate contra as gangues de Gotham, e por fim entrou em um resgate heróico junto com a Batgirl (Cassandra), Robin (Tim) e cia para tirar o Batman do olho do tornado, pois o Morcego estava lutando sozinho contra centenas de criminosos ao mesmo tempo. Grayson chegou a ser baleado e desmaiar sozinho numa escada de incêndio nessa saga.
Após esses eventos ocorreu o “One Year Later”, onde como o nome diz, se passou um ano. Alguém está se passando por Asa Noturna em Nova York, ele retorna até lá atrás de quem está se passando por ele, e descobre que é o Jason Todd, seu sucessor como Robin. Sim, o falecido Jason Todd, vivo. Outra história meio longa. Acredito que nessa altura do campeonato, pra quem acompanha o blog e tá lendo na ordem, já sabe como isso foi possível.
Jason Todd é uma criança com problemas sérios de identidade. Primeiro de tudo, ele foi Robin. Dick Grayson já havia sido Robin, Jason foi o SEGUNDO Robin, ou seja, não é o Robin original. Ok. Ele, como eu disse agora, também tentou se passar por Asa Noturna. Ok? Certo. Mas ele não satisfeito, ao se tornar capuz vermelho, começou a usar um capacete igual ao que o Coringa usou naquele “A Piada Mortal”, repararam? Muito bem. NÃO SATISFEITO AINDA, quando Bruce some, ele tenta ser o Batman. Só isso. Suficiente? Claro que não. Pra Jason Todd, a arte da “clonagem” NUNCA é demais. Ele então quando Tim resolve usar o uniforme de Red Robin, quem aparece vestido de Red Robin também? Uma massagem da Harley pra quem adivinhar.
Vocês podem argumentar dizendo que o Dick Grayson também pegou nome de outro personagem, o Asa Noturna de Krypton no caso, mas foi outro contexto.
Voltando à história… Com este assunto de um falso Asa Noturna em Nova York resolvido, ele entrou na liderança dos “Renegados“, um grupo de heróis fora dos padrões, e começaram uma ação global secreta. Ele conseguiu avanço na caçada a um vilão chamado Raptor, e a uma dupla de vilões chamados “Bride” e “Groom”.
Após isso, ele larga os Outsiders na mão do Batman e os Titãs voltam a ação. Sua nova equipe conta com Donna Troy, Cyborg, Flash (Wally West), Ravena, Starfire e Arqueiro Vermelho.
Donna Troy veio dos mesmos cantos que a Mulher Maravilha (Themyscira). Já foi Wondergirl, já foi esposa do Kyle Rayner (um dos lanternas verdes)… Ela é uma amazona do mesmo estilo da Mulher Maravilha.
Ravena, Cyborg e Starfire dispensam explicações. Já esse Flash, apesar de ser um herói relativamente famoso, também não éo mesmo Flash que seus pais ouviram falar. Aquele era Barry Allen, esse é Wally West.
Esse Arqueiro Vermelho é o filhote de criação do Arqueiro Verde, chama-se Roy Harper, inicialmente era o “Speedy”, depois “Arsenal”, e também foi líder dos Outsiders assim como o Grayson. Hoje em dia no pós-reboot, ele faz parte do grupo do Capuz Vermelho (Jason Todd), novamente com nome de Arsenal, mas agora como um alcóolatra demitido pelo Oliver (Arqueiro Verde). Lembrando que ele também foi líder dos Outsiders.
Por que esse foco neles? Nada em especial, mas não adianta eu falar do Grayson e não mostrar com que tipo de gente anda com ele, né?
Bom… Ele também teve papel muito importante quando Bruce foi “quebrado” pelo Bane durante “A Queda do Morcego“. Não inicialmente, pois como ele e o Batman estavam de briguinha e o Morcego precisava de um substituto que enquadrasse na força, ele então passou o manto pro Jean Paul Valley, o antigo Azrael. “Quem não tem cão caça com gato”, já ouviram essa? Antes ele pusesse a Mulher-Gato como Batman então, porque o Jean Paul… Em nome de Nossa Senhora do Bom Parto que me dá proteção toda vez que fico pra ter um FILHO quando vejo as cagadas do Azrael, NÃO ME DESCE.
Todo Azrael só faz cagada. 80% das coisas que Azrael faz por conta própria é burrada, e não dessa vez não foi diferente, só mudou o uniforme. Ele tem algum problema sério dependendo da roupa que tá usando. Se ele fica violento quando se veste de herói, se vestissem ele de vaquinha da Parmalat o cara ia mugir e o escambau. Bom… O poder subiu a cabeça do Jean Paul e o cara começou a virar os marginais do avesso, mais do que o Batman faria.
Em vista de como a coisa ficou torta, Bruce, Tim, Selina (Kyle) e Dick juntaram no Azrael e puseram o sujeito em seu devido lugar. Mas Bruce ainda não estava pronto pra pegar o cargo de Batman de volta, passando então o manto para seu filho mais velho. Então o Asa Noturna tira uma folga e Dick Grayson passa a ser pela primeira vez, enfim, Batman.
O Bruce logo voltou a ativa, e o Grayson voltou a Blüdhaven. Mas a cidade também não durou muito.
Durante a Crise Infinita, tínhamos a “Sociedade Secreta dos Super Vilões”, uma sociedade de vilões (como o nome já diz). Dentre eles vários nomes famosos, como Lex Luthor, Deathstroke, Dr. Psycho, Talia Al Ghul e alguns outros. Bludhaven entrou de gaiata, a tal sociedade largou o “Chemo” (um sujeito que é uma bomba atômica ambulante, meio que no estilo do Lume que aparece no Julgamento de Gotham) na cidade, destruindo a porcaria toda e matando mais de 100.000 pessoas. Isso só pra desviar a atenção dos heróis quanto aos outros planos da tal Sociedade de Vilões.
Ele (Dick) ainda tentou salvar pessoas na cidade, mas os efeitos da explosão fez um estrago bom nele, e o Batman, novamente, se envolveu pra salvá-lo. Ele então resolve contar ao Batman que deixou o Blockbuster morrer, e o Batman (como sempre faz diante de um aliado caido), engoliu possíveis sermões e respeitou o momento. Ainda deu uma dica depois, mandou ele se declarar pra Barbara. E o rapaz assim o fez.
Barbara aceitou, mas Dick ainda tinha um problema a resolver. Salvar o universo. Só. O centro da “crise” que assolava na época era na tomada pelo Lex e Superboy-Prime. Asa Noturna faz um chamado de heróis para a torre e só o Superboy (Conner Kent) apareceu. Faz lembrar aquele vídeo da galera do “Porta dos Fundos”, onde eles reproduzem aquela batalha da Escócia onde a patota do William Wallace pinta a cara de branco e azul, só que no vídeo dos caras só aparecem dois no campo de batalha.
Juntos eles encontram e partem pra dentro da torre do Luthor, mas são recebidos pelo Superboy-Prime, um inimigo que… Digamos ser infinitamente forte. O Superboy original se sacrifica pra mandar o esquema bandido pro chão, e o Dick se ferra bonito, mais uma vez. Foi salvo pela Sociedade da Justiça, e despertou sob os cuidados de Bárbara.
Assim que pode voltar a andar, ele retornou a ação em Gotham, decidindo em conjunto com Bárbara que ainda não era hora de casar. Mas deixou com ela uma foto de quando eram Robin e Batgirl, e o anel de noivado, pois um dia iria pedi-la em casamento novamente.
Ao voltar a ação, ele fez parceria com Reneé Montoya e a nova Batwoman para pegar uma gangue que estava a solta pela cidade. Em época próxima a essa (nas minhas contas) ocorreu o “Terremoto” em Gotham, ele obviamente entrou na zona pra ajudar, e também estava em Gotham quando a cidade foi proclamada “Terra de Ninguém”.
Durante a “Terra de Ninguém”, Dick ficou dentro da “Gotham sem Lei” ajudando a manter e conquistar os territórios para os morcegos, e foi incumbido de uma missão que, cá entre nós, Batman abusou, apostou alto e ganhou. Mandou Asa Noturna invadir a prisão de Blackgate e tomar o controle em 24 horas. Adivinhem, ele conseguiu.
Durante a saga “Assassino?/Fugitivo”, ele não teve papel de grandes ações. Quer dizer, sempre tem, mas comparado ao que normalmente costuma a fazer, nem tanto. Só fez uma coisa que poucos ousam, enfiou um soco na cara do Batman e tentou partir pra porrada. Tanto Tim Drake quanto todos os demais e até maioria de nós realmente achamos que o Batman ia simplesmente trucidar o Grayson, mas não o fez. Acho que merecidamente, mesmo sem o Batman saber.
Dick foi o único que não questionou a inocência do Bruce.Ele não via outra resposta, mas também não considerou que ele fosse culpado. Dava para ver explicitamente (ponto pros roteiristas e desenhistas) que o Asa ficava pra matar um quando via alguém duvidar da inocência do Bruce. Quando até o Tim Drake duvidou, Grayson entrou em parafuso, quase o vi indo comprar uma cobra e batizando-a de Nathan Scott Phillips, igual o Almôndega do Aquateen. Largou o Tim falando sozinho, disse que ele não merecia usar aquele uniforme (tira esse “R” do peito, você não é Robin, você é muleque!) e se mandou. Sinistro, não? Ele fez uma reconstituição com Cassandra Cain, procurou MUITO por evidências com Bárbara, e inclusive aventurou-se por túneis não-mapeados da bat-caverna. No fim conseguiram provas de que Bruce não era o culpado.
Tempos depois quando Bruce recebeu a visita do Dr. Elliot, mais famoso como “Silêncio”, que também deu nome a saga, seu papel foi mais de “companheiro”. Ele conversando com o Batman sobre a Mulher-Gato, dando seu parecer, um papel de amigo, de filho mais velho preocupado com o pai. E essa saga também proporcionou alguns dos comentários mais brilhantes do Batman sobre ele, o Asa Noturna. Entre eles uma das afirmações mais famosas, ele merece o palco principal.
Bruce quando adotou o Jason, mesmo que inconscientemente queria que ele fosse igual ao Dick, e no fim das contas, o próprio Bruce admitiu pra si que Jason só tinha raiva, e o Dick tinha talento.
Eis um ponto que quase ninguém percebe em Dick Grayson. Apesar de ser tão espontâneo, simpático, fazer amizade com todos, não ser fechado como o Batman… Apesar de TUDO isso, ele não é daqueles “vai de primeira”. Ele normalmente fica com o pé atrás diante de grandes passos. Vejam a reação dele quando soube que a Cassandra Cain seria a Batgirl, ou nesse caso da saga “Silêncio” que ele deu uma relutada quanto ao Bruce estar se envolvendo com a Mulher-Gato. Podem ver também a demora dele a assumir o manto do morcego na “Batalha pelo Manto” quando todos os demais (Jason e Tim) já tinham catado alguns bat-trapos e ido pra rua atrás do que queriam.
E falando em Jason, na saga “Sob o Capuz”, Asa Noturna enfrenta Amazo junto ao Batman, e ainda nesses dias já adultos em carreira solo continua tendo aulas com o mestre. Segundo o próprio, ao ver Amazo, ele ainda estava pensando no que faria, e o Batman já tinha saltado pra cima do robô com um plano do que fazer.
Pra quem não lembra, Amazo é um ciborgue com capacidade de copiar os superpoderes de heróis e vilões com o qual entra em contato. Geralmente é um vilão pra Liga da Justiça, não pro Batman sozinho.
Na saga “Jogos de Guerra“, Asa Noturna entrou no colégio de Tim Drake para salvar alunos, juntou-se a polícia (que também estava sob comando do Batman) em um combate contra as gangues de Gotham, e por fim entrou em um resgate heróico junto com a Batgirl (Cassandra), Robin (Tim) e cia para tirar o Batman do olho do tornado, pois o Morcego estava lutando sozinho contra centenas de criminosos ao mesmo tempo. Grayson chegou a ser baleado e desmaiar sozinho numa escada de incêndio nessa saga.
Após esses eventos ocorreu o “One Year Later”, onde como o nome diz, se passou um ano. Alguém está se passando por Asa Noturna em Nova York, ele retorna até lá atrás de quem está se passando por ele, e descobre que é o Jason Todd, seu sucessor como Robin. Sim, o falecido Jason Todd, vivo. Outra história meio longa. Acredito que nessa altura do campeonato, pra quem acompanha o blog e tá lendo na ordem, já sabe como isso foi possível.
Jason Todd é uma criança com problemas sérios de identidade. Primeiro de tudo, ele foi Robin. Dick Grayson já havia sido Robin, Jason foi o SEGUNDO Robin, ou seja, não é o Robin original. Ok. Ele, como eu disse agora, também tentou se passar por Asa Noturna. Ok? Certo. Mas ele não satisfeito, ao se tornar capuz vermelho, começou a usar um capacete igual ao que o Coringa usou naquele “A Piada Mortal”, repararam? Muito bem. NÃO SATISFEITO AINDA, quando Bruce some, ele tenta ser o Batman. Só isso. Suficiente? Claro que não. Pra Jason Todd, a arte da “clonagem” NUNCA é demais. Ele então quando Tim resolve usar o uniforme de Red Robin, quem aparece vestido de Red Robin também? Uma massagem da Harley pra quem adivinhar.
Vocês podem argumentar dizendo que o Dick Grayson também pegou nome de outro personagem, o Asa Noturna de Krypton no caso, mas foi outro contexto.
Voltando à história… Com este assunto de um falso Asa Noturna em Nova York resolvido, ele entrou na liderança dos “Renegados“, um grupo de heróis fora dos padrões, e começaram uma ação global secreta. Ele conseguiu avanço na caçada a um vilão chamado Raptor, e a uma dupla de vilões chamados “Bride” e “Groom”.
Após isso, ele larga os Outsiders na mão do Batman e os Titãs voltam a ação. Sua nova equipe conta com Donna Troy, Cyborg, Flash (Wally West), Ravena, Starfire e Arqueiro Vermelho.
Donna Troy veio dos mesmos cantos que a Mulher Maravilha (Themyscira). Já foi Wondergirl, já foi esposa do Kyle Rayner (um dos lanternas verdes)… Ela é uma amazona do mesmo estilo da Mulher Maravilha.
Ravena, Cyborg e Starfire dispensam explicações. Já esse Flash, apesar de ser um herói relativamente famoso, também não éo mesmo Flash que seus pais ouviram falar. Aquele era Barry Allen, esse é Wally West.
Esse Arqueiro Vermelho é o filhote de criação do Arqueiro Verde, chama-se Roy Harper, inicialmente era o “Speedy”, depois “Arsenal”, e também foi líder dos Outsiders assim como o Grayson. Hoje em dia no pós-reboot, ele faz parte do grupo do Capuz Vermelho (Jason Todd), novamente com nome de Arsenal, mas agora como um alcóolatra demitido pelo Oliver (Arqueiro Verde). Lembrando que ele também foi líder dos Outsiders.
Por que esse foco neles? Nada em especial, mas não adianta eu falar do Grayson e não mostrar com que tipo de gente anda com ele, né?
Com os Titãs, ele novamente enfrentou as bizarrices do Trigon, que dessa vez separou 7 crianças, cada uma representante de um pecado, e claro, novamente tiveram que salvar a Ravena das graças de seu papai.
Houve uma história (que, acredito eu, se encaixa nessa época) em que o Batman acabou ficando com os poderes do Superman, e o Superman com os meus poderes (imaginem o quão ferrado ele ficou). Bom, o Batman limpou Gotham em uma noite e passou a patrulhar o mundo inteiro, voando pela Terra, agindo onde fosse noite. Em uma passadinha por Gotham, ele topou com a Mulher-Gato fazendo um de seus furtos, e com o poder subindo a cabeça, decidiu pará-la pra valer; quem foi que se meteu a enfrentar o Morcego de aço fora de controle?Richard John Grayson, o Asa Noturna.
Não que ele tenha dado jeito, ele tomou um cacete lendário do Batman, terminou com um monte de ossos quebrados, internado na caverna sob os cuidados do Alfred, que disse ser incapaz de perdoar o Bruce pelo que ele fez ao “Patrão Richard”.
Uma das coisas interessantes ai foi ver o raciocínio do Grayson. Ele agiu como o Batman. Peitou alguém maior do que ele podia sair na porrada se garantindo nos pontos fracos/erros do oponente. Ele conseguiu acertar uma pancada que normalmente pro Superman passaria despercebido, mas no Batman naquele momento, deu pra “sentir”. Quando o Bruce questionou, o Asa Noturna explicou: “Os poderes dos kryptonianos vem do sol amarelo. Você tem estado apenas na noite há dias”.
Como podem ver, ele é um dos poucos aliados que se arriscam a tal. Não vou contar com o Jim Gordon, o cara não sabe metade sobre Batman/Bruce Wayne, nem com a Talia nem Selina, pois não é bem relação de “aliado”, é relação de quem sabe o que tem embaixo da máscara e embaixo da cueca, então a confusão é em outro nível. O Batman “deve” uma paciência extra a elas, coisa que não deve ao Dick, e mesmo assim o cara parte pra porrada como se não houvesse amanhã.
Essa história dos poderes do Superman não influenciou nada dentro das sagas principais de Batman/Asa Noturna. Foi mais pra comentar a atitude do Grayson quanto a isso.
Os passos seguintes que realmente influenciaram foram as sagas “Luva Negra”, “Crise Final” (que não é uma saga da série Batman) e “Batman RIP – Descanse em Paz”. Luva Negra é uma organização que, adivinhem, quer acabar com o Batman. Os ataques foram tão sinistros que o Batman aparentemente ficou maluco e desapareceu. Tim Drake (Robin) ficou sozinho pra defender a cidade. Vendo isso, Dick Grayson abriu mão de sua vida em Nova York e voltou a Gotham para ajudar seu irmão caçula em sua cidade.
Infelizmente, ele foi capturado numa emboscada feita pela Liga de Vilões, e apareceu então no Arkham City, provavelmente dopado e tal… Mas tudo fazia parte de um plano do Batman, e ambos conseguem deixar “Luva Negra” exposto. A confusão segue, e ocorre uma explosão no helicoptero que o Batman estava. O morcego desaparece e todos acham que ele morreu na explosão.
Na verdade o Buce sobreviveu, mas partiu direto em uma missão da Liga da Justiça, no espaço. Isso já faz parte da “Crise Final”. Lá, Batman topou com Darkseid e a coisa ficou feia como nunca tinha ficado antes. Acham que o pior que já ocorreu com o Batman foi na “Queda do Morcego” pelas mãos do Bane? Foi em “Contágio” onde a doença pegou a cidade? Foi em “Terremoto”/”Terra de Ninguém” por Gotham ter praticamente desaparecido? Acham que foi quando Bruce Wayne foi preso acusado de assassinato? Não, na Crise Final, Bruce Wayne MORRE.
Darkseid aplica a Sanção Ômega no mano morcego e já era, só sobrou os ossos dentro do uniforme. Superman e Mullher-Maravilha trazem os bat-restos-mortais para a caverna e entregam ao Alfred e “QUEM DIABOS É DARKSEID?!” vocês se perguntam – caso não tenham lido o texto da Crise Final. Ele é um sujeito nascido em Apokolips, seu nome original é Uxas, ele apronta umas lá pros cantos dele e consegue se tornar um “novo deus”, cheio dos poderes e traquitanas. A existência dele vibra entre o multiverso. Louco, né? Nem tanto, louco foi o Batman de encarar o Darkseid sozinho. Mas ele podia ter ganhado, o mais LOUCO na verdade é isso.
Batman estava carregando uma bala feita do mesmo material que Darkseid matou Orion (filho do Darkseid, outra longa história). Pra poupar mais explicações: essa bala era algo que poderia matar o Darkseid, mas como ele teria de usar uma arma pra atirar aquilo, Batman acabou dando tempo demais pro Darkseid aplicar o Ômega.
Pra ninguém ficar nervoso, saibam que Superman derrota o Darkseid, vingando o morcego, e mata no grito, literalmente. Quem quiser mais detalhes sobre essa passagem pode ver no post sobre a Crise Final.
Well… morcego morto. E então? Gotham precisa de um morcego, como já ficou provado durante a “Terra de Ninguém”. A noticia se espalhou, uns acreditam, outros não… a familia Morcego fica um tanto sem rumo, e um dos que ficaram mais desmotivados foi o próprio Dick.
Asa Noturna abandonou a lidernaça dos Titãs para poder se concentrar em Gotham, assim como Tim Drake abandonou a lidernaça dos jovens Titãs pela mesma razão. Cassandra ao invés de se concentrar em Gotham, perdeu a motivação de lutar e entregou seu uniforme para Stephanie Brown, a Salteadora, a quarta Robin. A responsável pelos “Jogos de Guerra”.
Bruce tinha deixado uma mensagem para cada um, e na do Grayson dizia claramente que não era pra ele se tornar Batman, mas sim continuar como Asa Noturna, e o Robin continuar como Robin, pois eles eram suficientes pra cidade. Todos já tinham feito suas histórias, já tinham experiência e podem continuar o trabalho sem um “morcego”. Mas não foi essa a opinião dos demais herdeiros Wayne. Você pode ler as histórias da série “Batman: Renascido“.
Jason Todd pegou um fogão a lenha, misturou no uniforme do Batman, adicionou umas armas e voila, virou um Batman Frank Castle. Tim Drake catou um uniforme velho do Bruce no armário, um com elipse amarela no peito, não sei se em homenagem a época em que ele se tornou Robin, e partiu pras ruas também. Jason acabou encontrando Tim primeiro, e o deixou perto de morrer, com um ferimento que, tecnicamente era pra tê-lo matado de fato.
Dick Grayson entre outros problemas ainda encontra com o Bane & cia, manda geral parar de zona, e rola um dos lances mais épicos. Grayson avisa pra todo mundo sumir de lá, pois se não sumissem todo mundo ia ver, o Catman não aceita o esporro, e o BANE, sim, o BANE acata e diz “vamos embora”. Catman tenta argumentar, diz que o Grayson não é o Batman, e o Bane diz “Se ele não for, quem será? Que deus o ajude”.
É isso ai. O Bane disse que o único que poderia substituir o Batman era o Asa Noturna. Precisa do que mais?
Mas cá entre nós… ele simplesmente virou pro grupo dos caras, liderado pelo BANE e mandou todo mundo sumir, se não geral ia ver. Lembram da cobra chamada Nathan Scott Phillips? Pois é, loucura. Assim como tomar Blackgate sozinho durante Terra de Ninguém, assim como pular naquele estádio coberto de marginais durante o “Jogos de Guerra”, como sair na porrada com o Batman em Assassino?/Fugitivo, como tentar salvar Bludhaven durante o planinho da Sociedade dos Vilões, como partir pra dentro do foco da Crise só com o Superboy de apoio… Enfim, ele se chama Richard Grayson, e seu nome do meio é Stallone Schwarzenegger Seagal Van Damme Lee.
Não demora muito e Asa Noturna topa com Jason Todd, a briga se extende, rola discussãozinha e nhenhenhe, e a coisa acaba como todo mundo sabe bem. Jason não morre, só é despachado de novo temporariamente. Grayson então vê que não tem jeito. Rola uma sequência de quadros pelos olhos do primeiro garoto prodígio, ele passando pelo relógio que há tanto tempo serve de passagem secreta para a caverna, ele descendo as escadas, vendo o Alfred, vendo o Damian Wayne (filho do Bruce) e por fim aparece o próprio Grayson vestido de Batman. A partir dai, vem a inovação mais incrível que tive oportunidade de ver nas histórias do Batman.
Bruce Wayne fora de ação, e sua aparente “morte” cria diferentes reações. Tim Drake acha que o Bruce não morreu e está em algum canto do mundo precisando de ajuda. Dick não dá muita trela pra isso, pois viu mais do que o suficiente provando que o Bruce morreu. Outra questão a cerca de Dick e Tim, é que Damian Wayne, filho biológico de Bruce Wayne, estava sem rumo. Ele tinha abandonado a Liga de Assassinos da mãe para ficar com o pai, e o pai faleceu.
Grayson em uma das atitudes mais nobres que já vi de todas histórias que já li, “adota” Damian. Não como “pai”, mas como irmão mais velho que se responsabilizou pela criação dele. Isso não é um tipo de decisão simples. Não foi só um “vou criá-lo”, isso envolvia grandes mudanças e decepções. Primeiro, Damian é um garoto problema. Não respeita ninguém, se acha superior a todos, tanto por suas habilidades e conhecimentos adquiridos pelo treinamento mais que intensivo da Liga dos Assassinos quanto também por ser filho do homem morcego.
A segunda parte “difícil” disso foi “demitir” Tim Drake. Como todos sabem, o “posto de Robin” sempre fica diretamente a mercê das decisões da pessoa que está no “posto de Batman”. Bruce Wayne como Batman demitiu Dick Grayson uma vez, mandou ele abandonar o uniforme de Robin e o nome Robin, admitiu Jason Todd, admitiu Tim Drake, admitiu Stephanie Brown e depois a proibiu também, e agoraDick Grayson como Batman “sugeriu” educadamente que Tim Drake deixasse de ser Robin para Damian Wayne entrar em seu lugar.
Uma das justificativas foi até bastante plausível, para Grayson, Tim Drake era mais um “semelhante” do que “protegido”. Mas é óbvio que o Drake ouviu só uns “blablabla whiskas sache blablabla whiskas sache” e ficou cospindo batarangues. Passou a ser Red Robin e vazou no mundo atrás do Bruce. Boa parte dessa reação foi por ser o DAMIAN entrando como Robin em seu lugar. Ele e o garoto se estranham igual gato e rato.
Nada altera o fato de que o Grayson “devia” esses cuidados com o Damian ao Bruce. Em momento algum isso foi imposto a ele, o próprio senso de responsabilidade fez tudo. E vocês também não vão ver o Dick se lamentando de “eu não queria, to fazendo pelo Bruce”, não senhor. Ele assumiu MESMO Damian como responsabilidade dele. Assim como o Bruce fez com o jovem órfão Dick Grayson, lhe dando acesso a sua fortuna, mansão, treinamento, cuidados e equipamentos.
Qualquer personagem que tenha tido uma atitude de recrutar um jovem rapaz para ser sidekick, provavelmente já tem seu dinheiro, sua estrada como herói, experiência e etc, mas o Asa Noturna apesar da extensa experiência de combate, liderança e tudo mais, ainda é relativamente novo, e sua personalidade em momento algum indica que ele estava pronto pra virar praticamente um “irmão fazendo papel de pai”. Mas mesmo assim, ele o fez.
Grayson adaptou o uniforme do Batman para seu uso, deu a lendária dica para o Damian sobre o capuz (e ele desconsiderou), trocou de bat-móvel e mudou o “estilo” do Batman. O antigo Batman era “nível lenda urbana”, esse não. Dick não desliga câmeras, não apaga luzes, deixa sua imagem ser capturada, luta com muitos saltos e acrobacias, e luta SORRINDO, coisa que seriamos incapazes de ver no Bruce.
Ele é bom detetive, não tanto quanto Tim Drake é, mas ainda assim um excelente detetive. Assim como é excelente lutador e estrategista. Mas isso não foi suficiente para Damian o respeitar. Foi necessário o garoto ficar numa pior e ver que o Grayson se arriscou para salvá-lo. A partir dai começou uma aproximação dos dois que é interessante por ser única.
Damian passou a respeitar Grayson, como pessoa e como Batman, e inclusive em uma história bastante a frente chegou a admitir que eles são juntos são os melhores, e que Grayson era sua dupla preferida. Tem noção do quanto isso é difícil vindo do Damian? Quando Dick falou para ele ficar com os Jovens Titãs pra fazer amizade e etc, o garoto ainda respondeu algo como “Você já é meu amigo, não preciso de mais nenhum”. Vocês NUNCA vão ver o Damian falando isso de humano nenhum.
Uma vez na posição de Batman, coisas aconteceram e Dick teve de tomar decisões. Ocorreu um erro em uma ação conjunta não programada com a Batgirl da época (Stephanie Brown). A tal Batgirl contava com uns batarangues estilosos, um inclusive com poder e congelar o alvo, e ela sem querer congelou o Damian, comprometendo o sucesso da ação. Após isso, a cena muda pra batcaverna, onde Dick e Barbara discutem devido a seus protegidos.
Barbara adotou a Steph como sua “aluna”, e o Dick literalmente adotou o Damian. Steph congelou o Damian por acidente. Dick é o BATMAN, o Morcego que não pode permitir que erros assim aconteçam. Bárbara acaba tocando no nome do Bruce de um jeito que não desceu bem ao novo Batman, e ele manda ela deixar a caverna levando tudo que fosse dela embora. Talvez as pessoas pensem “caramba, o poder subiu a cabeça, ele já demitiu o Tim, agora faz isso com Barbara e Steph”. São coisas que o Bruce teria feito também, como até FEZ, e pior ainda, fez sem esquentar a cabeça. Dick ainda leva a mão na testa, fica preocupado, reavalia e tal, com o Bruce era na faca mesmo e dane-se.
Isso foi algo ocorrido na revista da Batgirl, e foi algum tempinho depois do início. O início de fato foi contra o Professor Porko e o Capuz Vermelho. Capuz Vermelho, como devem saber, é o Jason Todd. Sujeito não desiste. Foi nesses dias contra o Porko que Damian passou a respeitar o Grayson. Pois até então, ele achava que o cara não merecia usar o uniforme do pai dele.
Isso de enfrentar o Porko e o Capuz Vermelho foi na série principal, porém na Batman e Robin o novo Batman enfrentou algo bem mais próximo… O próprio Robin. Talia Al Ghul, a filha do demônio, mãe do Damian, quase madrasta do Grayson (nunca pensaram por esse lado?), desde o início plantou alguma porcaria no corpo do Damian que lhe dava controle do garoto a distancia por computador. E então, controlando seus movimentos, tentou matar Dick Grayson. Sei que depois de tudo eles encontraram com Talia, muito papo rolou e as coisa se resolveram, óbvio.
Bom, os casos seguem, história continua, Steph continua sendo Batgirl, Barbara continua de Oráculo mas treinando uma outra cadeirante na função também, Damian como Robin, eTim como Red Robin mundo a fora. Cassandra desapareceu, Azrael agora não era mais Jean Paul Valley, mas sim Michael Lane, Mulher-Gato e Caçadora ainda pelas ruas… E o Dick Grayson, aquele garoto criado em 1940 pra ser Robin, o ajudante do Batman, em 2010 era o próprio Batman no lugar de seu pai/mestre, responsável por essa tuma toda em Gotham. Do ano de criação até o ano em que se tornou Batman, foram 70 anos, sabiam?
Observá-lo como Batman foi uma das coisas mais interessantes, pois como Bruce Wayne estava tido como morto, não havia ninguém “acima” pra ditar nada, aquele cara mesmo sendo diferente era o Batman e FIM. Foi engraçado ver as primeiras conversas dele com o Comissário Gordon.
Foi incrível ver que o Comissário notou que era outra pessoa sob o uniforme tempos depois do sumiço do Morcego, deu pra ver que ele deduziu tudo o que deve ter ocorrido, e que aquele era o de mais confiança do Morcego pra assumir o cargo. E o mais legal? Gordon em momento nenhum questionou nada. Ele continuou tratando o “Batman” como quem fala com um “símbolo”, ele ignorou completamente quem ERA o Batman, ele queria falar com o homem Morcego, dane-se quem estivesse embaixo da máscara.
O Gordon olhava para trás, e o Batman não havia sumido como de costume. Perguntava se podia levar as coisas pra analisar, e o Gordon responde “Batman não pede esse tipo de coisa”. Jim praticamente ensinou o que o velho Batman fazia e deixava de fazer, ao mesmo tempo “fingindo” que aquele era o mesmo Batman de sempre. Quase um “Sei que você não é o original mas vou fazer seu jogo. Se te deixaram usar isso na rua deve ter uma boa razão”.
A família morcego ainda tentou em vão ressuscitar o corpo de Bruce Wayne em um poço de lázaro, mas descobriram que aquele não era o corpo original, ressuscitaram um doido varrido vestido de Batman. Essa parte da história contou com participação da Batwoman. E mais uma vez o Dick nos proporcionou uma cena que não seria possível com o Bruce… Um Batman dando uma cantada na Batwoman, com maior sorrisinho de “E ai ruíva, não sei se me conhece… I’m BATMAN. Me liga :D”. Ele falou com todas as letras que tem queda por ruivas. De fato né, Kori e Barbara Gordon foram os amores de sua vida, ambas ruivas.
Outra passagem engraçada desse mesmo período foi quando Rene Montoya, a nova “Questão”, identificou que aquele novo Batman na verdade era o Asa Noturna. Ela o cumprimentou com tapas nas costas e disse algo como “Opa, desculpa. Não sei se você aguenta esses tapas, não to acostumada com um Batman bundão”. E o temível Batman apenas ri e segue assunto como se fosse amiguinho da Questão. E eis a diferença, ele realmente é, e ele não dá a mínima pra imagem “temível” perto dos amigos, ainda mais quando as pessoas SABEM que ali embaixo é o Asa Noturna, o cara bricalhão e simpático. É como o Ronald Golias de repente querer fingir ser sério como um juiz de tribunal. Não rola.
Talvez seu maior desafio como Batman tenha sido na saga “Vida após a morte”, onde ele caça o Máscara Negra. É onde ele “pede” pra analisar uma evidência e Gordon o lembra que o Batman não pede essas coisas. Depois de muita ação, depois de ter sido ferido, desmaiar e ser salvo pelo Robin, depois de muita coisa… Ele descobre quem é o Máscara Negra.
Esse Máscara Negra não é o mesmo que subiu a nível de “chefão” em Gotham durante a saga “Jogos de Guerra”, não é o mesmo que torturou a Stephanie Brown, que matou Orfeu, que invadiu a Torre do Relógio que era base da Oráculo (Barbara) e a fez refém, nem o mesmo que negociou kryptonita por telefone com o Jason Todd durante a saga “Capuz Vermelho”… Esse é o Roman Sionis, o Máscara Negra original. O segundo era outro.
A identidade eu não vou revelar, mas o Grayson descobriu, capturou o cara e ainda levou um souvenir novo pra caverna, a máscara de caveira do Máscara Negra. O fim dessa saga foi épico, a cena do Grayson vestido de Batman num ambiente de pouca luz avermelhada, fitando a máscara mais próximo e o Grayson a seguir. Muito bom.
Houve uma passagem também onde Grayson (como Batman) terminou uma luta entre Tim Drake e Damian (Red Robin e Robin). Eles começaram a lutar em um lugar, e terminaram em outro com o Grayson gritando com eles, mandando eles verem onde estavam. Era o local onde os pais do Bruce morreram, o lugar onde nasceu o Batman e todas as razões que levaram a todos eles estarem fantasiados daquele jeito.
Dick também fez um resgate dos bons. Tim Drake em suas andanças como Red Robin pelo mundo acabou dando de cara com um plano de Ra’s Al Ghul. Novamente, sem detalhes quanto a isso, se não o texto não acaba mais, basta dizer que o Tim Drake armou tudo de forma que todas as pessoas ameaçadas fossem salvas dos ninjas que Ra’s Al Ghul enviou para matá-las, e por fi, ficou sozinho com o Ra’s numa sala alta de um prédio.
Tim é tão bom detetive quanto o Batman, o que até rendeu que Ra’s Al Ghul chamasse a ele de detetive, igual ele faz com Bruce, mas ele não é tão bom guerreiro como o Batman. Na luta contra Ra’s ele levou a pior e foi jogado da janela, na queda rumo a morte Dick passa e o salva no ar.
É bacana ver como os “talentos do Batman” se dividem entre os filhos. Tim Drake é inteligente e bom detetive assim como o morcego, porém não é tão bom lutador e estrategista em campo, coisa que já é talento do Dick Grayson. E nenhum dos dois tem o senso de “vou fazer do meu jeito” do Batman, coisa que o Jason Todd é que tem. Como detetive o Jason Todd não se compara ao Grayson, muito menos ao Tim. Como combatente já o acho mais eficiente que o Tim, mas ainda perde pro Grayson. Enfim, é muito interessante separarem tão bem as diferenças entre os filhos Wayne.
Dick Grayson como Batman também foi membro da Liga da Justiça, ao lado de Donna Troy, Oliver Queen (Arqueiro Verde), Hal Jordan (Lanterna Verde), Jesse Quick, Kara Zor-El (Supergirl), Mikaal Thomas (Starman), Congorilla, Cyborg, Mon-El (genérico do Superman)… enfim, um time dos bons.
Nesse meio tempo ainda ocorreu o evento “Noite Mais Densa” da DC, onde todos os mortos levantam de suas tumbas. Personagens finados como Aquaman (Arthur Cury), Barry Allen (The Flash) e muitos outros voltam a vida. Misteriosamente o Batman não. A familia morcego ainda tenta levar os corpos dos pais do Bruce pra um lugar seguro e etc… Mas Grayson deu de cara com um problema… seus pais ressuscitaram como zumbis, e ele chegou a conversar com seus pais. E um pouco mais que isso também…
A “Noite Mais Densa” passou, confusão vai, confusão vem… Descobre-se que o Bruce realmente estava vivo, só perdido em algum lugar do passado, pois a sanção omega do Darkseid mandou a essência dele pra outra época. Para mais informações, leia “Descanse em Paz: O Capítulo Perdido” Ele praticamente sozinho fez seu caminho de volta, apesar da Liga da Justiça estar viajando por um tipo denexus atrás dele, e apesar de vários outros detalhes… enfim, não vou entrar nesses detalhes quanto ao retorno, pois gosto de explicar o que entendi bem, e esse retorno do Batman pra mim ainda é uma loucura. Antes tivessem metido o corpo dele num poço de Lazarus, a forma de retorno dele foi uma confusão do cacete.
Em uma história, ele voltou super esquisito meio malvado e robôtico, cheio de fio pendurado, e ao mesmo tempo ele também arrumou uma roupa cheia de equipamentos sinistros e ficou “testando os heróis” que estavam protegendo Gotham enquanto ele esteve fora, e ninguém sabia que era ele, acho que ele só revelou ao Tim. Eu não sei o que veio primeiro, ou se alguma dessas coisas não vale, também não entendi bem como ele saiu do passado e foi avançando as épocas… Agradeçam ao Grant Morrisson. Mesmo que haja um sentido nisso tudo, ficou um LIXO. Dá pra ver claramente que não é questão de entender.
Quando Bruce retornou de sua “morte” e foi dar as ordens da vez pra família morcego, ele quis manter Dick e Damian como Batman e Robin de Gotham, pois ele viu do que são capazes juntos, fora que o Comissário, a polícia e o Alfred em si adoram o novo estilo do Batman. Mas voltando ao ponto onde o Bruce ainda estava morto…
Bruce arruma um novo uniforme, sem a cueca por cima da calça, um uniforme cheio de costuras, o simbolo do peito agora era quase o Batsinal, uma elipse amarela que parecia ter luz, estilo a bateria do Homem de Ferro. Sinceramente, não curti.
Ele marca uma reunião com a galera, chama o Robin Vermelho (Tim Drake), a Batgirl (Stephanie Brown), Batman e Robin (Dick Grayson e Damian Wayne), Oráculo (Barbara Gordon)… E começa a passar as novas ordens. Ele pretendia transformar o simbolo do morcego em uma organização de segurança mundial. Privatizar a paz. Cof cof…. cof… Homem de Ferro cof… cof… Eis que temos “Corporação Batman“.
Ele iria precisar de quantos “Batmen” pudesse, um pra cada canto do mundo, inclusive pra Gotham, e como ele mesmo estaria fora da cidade… Grayson e Damian continuam como Batman e Robin em Gotham. Oráculo ia fazer parte da internet 3.0, Batgirl ia ser enviada pra Inglaterra, Red Robin pra Hong Kong e blablabla. Batman contrata um argentino chamado El Gaucho, um japonês chamado Mr. Unknow, um africano que passou a ser o Batwing… e dai vai.
Começa a saga “Incorporated”, e graças a termos 2 “Batmen”, temos algumas oportunidades de ver os dois juntos. Teve um encontro deles em particular, em Gotham mesmo, que foi bem legal. A Mulher-Gato agora tem uma Catgirl, uma versão inexperiente dela. Grayson como Batman não “deixou”, mas não proibiu nem fez nada pra impedir, inclusive em um momento da história quis ajuda dela. Bruce logo de inicio já teve a reação normal de sempre. “NÃO”.
Ele encontrou com Dick em um terraço, e então dois Batmen, cada um com um uniforme, o de uniforme novo (Bruce) visivelmente maior que o de uniforme antigo (Dick) tanto em altura quanto em massa. Bruce fala sobre a Catgirl, Dick começa a explicar que a Selina disse isso e aquilo, e Bruce dá um suave corte:
“Selina não manda em Gotham. VOCÊ manda. Enquanto eu estou fora”. DoisBatmen, se encarando com aquele jeito que faz os marginais desistirem de ir pra rua. A pressão dos olhares ali no meio podia fritar seu cérebro mais rápido que uma pedra de crack.
Os desenhos e roteiros de várias dessas histórias com o Grayson como Batman vem de Tony Salvador Daniel. Um de meus desenhistas preferidos. Sou até suspeito pra falar, deixarei vocês verem a obra de arte por si próprios. Até pouco tempo atrás, Tony Daniel saiu da série mensal, passando a desenhar a Detective Comics, e atualmente a Action Comics.
Bom, ainda dentro da saga Incorporated, ocorreu a história “Julgamento em Gotham”, que citei lá no início desse texto, onde Azrael (Michael Lane) carrega seus amiguinhos, Cruzado e Lume,pra detonarem a cidade por ser um ninho de sujeira, pecado, crimes e blablabla. Ninguém nunca soube disso, né? Batman (Bruce) estava fora da cidade, e a cidade inteira seria julgada de acordo com testes feitos com Selina (Mulher-Gato), Tim Drake (Red Robin) e Batman (Dick Grayson).
A cidade foi condenada, e só seria salva se Grayson se curvasse diante de Azrael. Isso dá origem a uma das cenas onde o Grayson mais ficou parecido com o Bruce nesse tempo inteiro como Batman. Citei no texto da história (Julgamento em Gotham) e cito agora de novo. Ele encara o Azrael de perto e diz “Isso NUNCA vai acontecer”. Sendo que o Azrael estava com o Lume ali prestes a explodir Gotham inteira, e explodir a eles próprios, e o Dick estava sozinho. A situação também se resolveu no fim.
Eu no lugar do Grayson teria dito algo como “Azrael, meu querido. VAI PRA CASA DO são dumas, beber um ninho soleil, jogar peteca e tal”. Ninguém merece isso. Toda hora esse cara tá arrumando problema de graça.
Logo após essa época, entra o reboot, onde Bruce Wayne volta a ser o único Batman, a Incorporated “acaba” com maioria de seus membros mortos, e o papo de ter um Batman em cada canto não vai pra frente. Com exceção do David Zavimbe, o Batman da África (Batwing), que se revela ser um bom herói a carregar o simbolo do morcego, pelo menos até certo ponto. Posteriormente foi substituido por Luke Fox, filho do Lucius Fox.
Dick Grayson volta a ser Asa Noturna, muda de uniforme, mudando a cor da listra de azul pra vermelho e aumentando um pouco o tamanho da mesma. E agora adianto a vocês que… a DC mudou TANTA coisa na história geral do universo DC que eu precisaria escrever outro texto pra lhes apresentar as “novidades e mudanças” na história de Dick Grayson. Isso fica pra um próximo post.
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Não sei pra vocês, mas ele é meu personagem preferido. Sim, mais que o Batman. Não to dizendo que ele seja melhor ou mais eficiente que o Bruce, nunca. Eu sei que no quadro atual onde as coisas estavam ao fim da Incorporated, só o Bruce mesmo poderia encarar determinadas coisas que o até mesmo o grande Asa Noturna ficaria meio perdido e poderia comprometer o sucesso da missão, mas eu me identifico mais com o Grayson.
É super legal ver essas desenhos de fãs do Batman (Bruce) encarando o Galactus e pensar “Putz, só ele mesmo. Único humano sem poderes que podia encarar um devorador de mundos sem demonstrar medo”. Talvez com o tempo, Grayson se tornasse um Batman tão eficiente quanto o Bruce, mas isso são outros 500.
Acho ele um personagem complexo o suficiente para ter sido mantido como Batman. Aquele esquema que estava rodando antes do Bruce voltar a vida, dele como Batman, Damian como Robin, Tim Drake como Red Robin e Stephanie Brown como Batgirl estava perfeito. Dava pra segurar e seguir a história desse jeito, era um novo leque de oportunidades, novidades e tal, MAS, as coisas estão como estão hoje, e tá tudo bem também.
É óbvio que Dick Grayson não é uma pessoa real, ele é fruto da mente do Bill Finger e do Bob Kane, e suas palavras ao longo dessas 7 décadas sairam da cabeça de DEZENAS de roteiristas, mas todos eles tem que se prender à criar tudo em torno da personalidade que o personagem tem.
Temos um sujeito dentro da DC, um dos cabeças, Dan Didio, que há ANOS tenta matar o Grayson nas histórias. Há alguns anos atrás ele tentou, sabem porque ele não conseguiu? Por que teve uma enxurrada de gente reclamando, dizendo que se fizessem isso deixariam de comprar, revolta em tudo que era canto.
Se não me engano uma das tentativas foi na época da Crise Infinita. Inclusive tem uma capa do Batman segurando o Jason como Capuz Vermelho nos braços, e a imagem refletida no sangue abaixo é do Batman segurando o Jason como Robin. Essa capa originalmente era pra ser o Batman segurando o Asa Noturna.
Dentro da DC o cara sofreu com isso. A equipe na época disse “Beleza, produzimos a história dele morrendo como você quer, mas será nosso último trabalho com você”, fora que os próprios cabeças da DC na época não gostaram disso. Precisa mais? Dick Grayson influencia até do lado de fora das revistas.
Não sei até quando essa proteção valerá, pois na saga Forever Evil (da qual ainda irei falar)as coisas prometem ficarem feias pro lado dele, mas ele é um personagem claramente adorado no mundo inteiro, tanto pela galera que participa da produção dos quadrinhos dentro da DC quanto pelos fãs da série fora da empresa. Como eu disse, são 70 anos nas revistas, 70 anos de história. Um personagem exemplar e inspirador.
Esse texto não foi sobre o primeiro Robin, nem sobre o Asa Noturna, nem sobre o Batman da época de ausência do Bruce. Esse texto não foi pra um título de revista, nem para um nome de herói ou um uniforme, esse texto foi para um personagem e toda a sua história. Richard John Grayson.
Houve uma história (que, acredito eu, se encaixa nessa época) em que o Batman acabou ficando com os poderes do Superman, e o Superman com os meus poderes (imaginem o quão ferrado ele ficou). Bom, o Batman limpou Gotham em uma noite e passou a patrulhar o mundo inteiro, voando pela Terra, agindo onde fosse noite. Em uma passadinha por Gotham, ele topou com a Mulher-Gato fazendo um de seus furtos, e com o poder subindo a cabeça, decidiu pará-la pra valer; quem foi que se meteu a enfrentar o Morcego de aço fora de controle?Richard John Grayson, o Asa Noturna.
Não que ele tenha dado jeito, ele tomou um cacete lendário do Batman, terminou com um monte de ossos quebrados, internado na caverna sob os cuidados do Alfred, que disse ser incapaz de perdoar o Bruce pelo que ele fez ao “Patrão Richard”.
Uma das coisas interessantes ai foi ver o raciocínio do Grayson. Ele agiu como o Batman. Peitou alguém maior do que ele podia sair na porrada se garantindo nos pontos fracos/erros do oponente. Ele conseguiu acertar uma pancada que normalmente pro Superman passaria despercebido, mas no Batman naquele momento, deu pra “sentir”. Quando o Bruce questionou, o Asa Noturna explicou: “Os poderes dos kryptonianos vem do sol amarelo. Você tem estado apenas na noite há dias”.
Como podem ver, ele é um dos poucos aliados que se arriscam a tal. Não vou contar com o Jim Gordon, o cara não sabe metade sobre Batman/Bruce Wayne, nem com a Talia nem Selina, pois não é bem relação de “aliado”, é relação de quem sabe o que tem embaixo da máscara e embaixo da cueca, então a confusão é em outro nível. O Batman “deve” uma paciência extra a elas, coisa que não deve ao Dick, e mesmo assim o cara parte pra porrada como se não houvesse amanhã.
Essa história dos poderes do Superman não influenciou nada dentro das sagas principais de Batman/Asa Noturna. Foi mais pra comentar a atitude do Grayson quanto a isso.
Os passos seguintes que realmente influenciaram foram as sagas “Luva Negra”, “Crise Final” (que não é uma saga da série Batman) e “Batman RIP – Descanse em Paz”. Luva Negra é uma organização que, adivinhem, quer acabar com o Batman. Os ataques foram tão sinistros que o Batman aparentemente ficou maluco e desapareceu. Tim Drake (Robin) ficou sozinho pra defender a cidade. Vendo isso, Dick Grayson abriu mão de sua vida em Nova York e voltou a Gotham para ajudar seu irmão caçula em sua cidade.
Infelizmente, ele foi capturado numa emboscada feita pela Liga de Vilões, e apareceu então no Arkham City, provavelmente dopado e tal… Mas tudo fazia parte de um plano do Batman, e ambos conseguem deixar “Luva Negra” exposto. A confusão segue, e ocorre uma explosão no helicoptero que o Batman estava. O morcego desaparece e todos acham que ele morreu na explosão.
Na verdade o Buce sobreviveu, mas partiu direto em uma missão da Liga da Justiça, no espaço. Isso já faz parte da “Crise Final”. Lá, Batman topou com Darkseid e a coisa ficou feia como nunca tinha ficado antes. Acham que o pior que já ocorreu com o Batman foi na “Queda do Morcego” pelas mãos do Bane? Foi em “Contágio” onde a doença pegou a cidade? Foi em “Terremoto”/”Terra de Ninguém” por Gotham ter praticamente desaparecido? Acham que foi quando Bruce Wayne foi preso acusado de assassinato? Não, na Crise Final, Bruce Wayne MORRE.
Darkseid aplica a Sanção Ômega no mano morcego e já era, só sobrou os ossos dentro do uniforme. Superman e Mullher-Maravilha trazem os bat-restos-mortais para a caverna e entregam ao Alfred e “QUEM DIABOS É DARKSEID?!” vocês se perguntam – caso não tenham lido o texto da Crise Final. Ele é um sujeito nascido em Apokolips, seu nome original é Uxas, ele apronta umas lá pros cantos dele e consegue se tornar um “novo deus”, cheio dos poderes e traquitanas. A existência dele vibra entre o multiverso. Louco, né? Nem tanto, louco foi o Batman de encarar o Darkseid sozinho. Mas ele podia ter ganhado, o mais LOUCO na verdade é isso.
Batman estava carregando uma bala feita do mesmo material que Darkseid matou Orion (filho do Darkseid, outra longa história). Pra poupar mais explicações: essa bala era algo que poderia matar o Darkseid, mas como ele teria de usar uma arma pra atirar aquilo, Batman acabou dando tempo demais pro Darkseid aplicar o Ômega.
Pra ninguém ficar nervoso, saibam que Superman derrota o Darkseid, vingando o morcego, e mata no grito, literalmente. Quem quiser mais detalhes sobre essa passagem pode ver no post sobre a Crise Final.
Well… morcego morto. E então? Gotham precisa de um morcego, como já ficou provado durante a “Terra de Ninguém”. A noticia se espalhou, uns acreditam, outros não… a familia Morcego fica um tanto sem rumo, e um dos que ficaram mais desmotivados foi o próprio Dick.
Asa Noturna abandonou a lidernaça dos Titãs para poder se concentrar em Gotham, assim como Tim Drake abandonou a lidernaça dos jovens Titãs pela mesma razão. Cassandra ao invés de se concentrar em Gotham, perdeu a motivação de lutar e entregou seu uniforme para Stephanie Brown, a Salteadora, a quarta Robin. A responsável pelos “Jogos de Guerra”.
Bruce tinha deixado uma mensagem para cada um, e na do Grayson dizia claramente que não era pra ele se tornar Batman, mas sim continuar como Asa Noturna, e o Robin continuar como Robin, pois eles eram suficientes pra cidade. Todos já tinham feito suas histórias, já tinham experiência e podem continuar o trabalho sem um “morcego”. Mas não foi essa a opinião dos demais herdeiros Wayne. Você pode ler as histórias da série “Batman: Renascido“.
Jason Todd pegou um fogão a lenha, misturou no uniforme do Batman, adicionou umas armas e voila, virou um Batman Frank Castle. Tim Drake catou um uniforme velho do Bruce no armário, um com elipse amarela no peito, não sei se em homenagem a época em que ele se tornou Robin, e partiu pras ruas também. Jason acabou encontrando Tim primeiro, e o deixou perto de morrer, com um ferimento que, tecnicamente era pra tê-lo matado de fato.
Dick Grayson entre outros problemas ainda encontra com o Bane & cia, manda geral parar de zona, e rola um dos lances mais épicos. Grayson avisa pra todo mundo sumir de lá, pois se não sumissem todo mundo ia ver, o Catman não aceita o esporro, e o BANE, sim, o BANE acata e diz “vamos embora”. Catman tenta argumentar, diz que o Grayson não é o Batman, e o Bane diz “Se ele não for, quem será? Que deus o ajude”.
É isso ai. O Bane disse que o único que poderia substituir o Batman era o Asa Noturna. Precisa do que mais?
Mas cá entre nós… ele simplesmente virou pro grupo dos caras, liderado pelo BANE e mandou todo mundo sumir, se não geral ia ver. Lembram da cobra chamada Nathan Scott Phillips? Pois é, loucura. Assim como tomar Blackgate sozinho durante Terra de Ninguém, assim como pular naquele estádio coberto de marginais durante o “Jogos de Guerra”, como sair na porrada com o Batman em Assassino?/Fugitivo, como tentar salvar Bludhaven durante o planinho da Sociedade dos Vilões, como partir pra dentro do foco da Crise só com o Superboy de apoio… Enfim, ele se chama Richard Grayson, e seu nome do meio é Stallone Schwarzenegger Seagal Van Damme Lee.
Não demora muito e Asa Noturna topa com Jason Todd, a briga se extende, rola discussãozinha e nhenhenhe, e a coisa acaba como todo mundo sabe bem. Jason não morre, só é despachado de novo temporariamente. Grayson então vê que não tem jeito. Rola uma sequência de quadros pelos olhos do primeiro garoto prodígio, ele passando pelo relógio que há tanto tempo serve de passagem secreta para a caverna, ele descendo as escadas, vendo o Alfred, vendo o Damian Wayne (filho do Bruce) e por fim aparece o próprio Grayson vestido de Batman. A partir dai, vem a inovação mais incrível que tive oportunidade de ver nas histórias do Batman.
Bruce Wayne fora de ação, e sua aparente “morte” cria diferentes reações. Tim Drake acha que o Bruce não morreu e está em algum canto do mundo precisando de ajuda. Dick não dá muita trela pra isso, pois viu mais do que o suficiente provando que o Bruce morreu. Outra questão a cerca de Dick e Tim, é que Damian Wayne, filho biológico de Bruce Wayne, estava sem rumo. Ele tinha abandonado a Liga de Assassinos da mãe para ficar com o pai, e o pai faleceu.
Grayson em uma das atitudes mais nobres que já vi de todas histórias que já li, “adota” Damian. Não como “pai”, mas como irmão mais velho que se responsabilizou pela criação dele. Isso não é um tipo de decisão simples. Não foi só um “vou criá-lo”, isso envolvia grandes mudanças e decepções. Primeiro, Damian é um garoto problema. Não respeita ninguém, se acha superior a todos, tanto por suas habilidades e conhecimentos adquiridos pelo treinamento mais que intensivo da Liga dos Assassinos quanto também por ser filho do homem morcego.
A segunda parte “difícil” disso foi “demitir” Tim Drake. Como todos sabem, o “posto de Robin” sempre fica diretamente a mercê das decisões da pessoa que está no “posto de Batman”. Bruce Wayne como Batman demitiu Dick Grayson uma vez, mandou ele abandonar o uniforme de Robin e o nome Robin, admitiu Jason Todd, admitiu Tim Drake, admitiu Stephanie Brown e depois a proibiu também, e agoraDick Grayson como Batman “sugeriu” educadamente que Tim Drake deixasse de ser Robin para Damian Wayne entrar em seu lugar.
Uma das justificativas foi até bastante plausível, para Grayson, Tim Drake era mais um “semelhante” do que “protegido”. Mas é óbvio que o Drake ouviu só uns “blablabla whiskas sache blablabla whiskas sache” e ficou cospindo batarangues. Passou a ser Red Robin e vazou no mundo atrás do Bruce. Boa parte dessa reação foi por ser o DAMIAN entrando como Robin em seu lugar. Ele e o garoto se estranham igual gato e rato.
Nada altera o fato de que o Grayson “devia” esses cuidados com o Damian ao Bruce. Em momento algum isso foi imposto a ele, o próprio senso de responsabilidade fez tudo. E vocês também não vão ver o Dick se lamentando de “eu não queria, to fazendo pelo Bruce”, não senhor. Ele assumiu MESMO Damian como responsabilidade dele. Assim como o Bruce fez com o jovem órfão Dick Grayson, lhe dando acesso a sua fortuna, mansão, treinamento, cuidados e equipamentos.
Qualquer personagem que tenha tido uma atitude de recrutar um jovem rapaz para ser sidekick, provavelmente já tem seu dinheiro, sua estrada como herói, experiência e etc, mas o Asa Noturna apesar da extensa experiência de combate, liderança e tudo mais, ainda é relativamente novo, e sua personalidade em momento algum indica que ele estava pronto pra virar praticamente um “irmão fazendo papel de pai”. Mas mesmo assim, ele o fez.
Grayson adaptou o uniforme do Batman para seu uso, deu a lendária dica para o Damian sobre o capuz (e ele desconsiderou), trocou de bat-móvel e mudou o “estilo” do Batman. O antigo Batman era “nível lenda urbana”, esse não. Dick não desliga câmeras, não apaga luzes, deixa sua imagem ser capturada, luta com muitos saltos e acrobacias, e luta SORRINDO, coisa que seriamos incapazes de ver no Bruce.
Ele é bom detetive, não tanto quanto Tim Drake é, mas ainda assim um excelente detetive. Assim como é excelente lutador e estrategista. Mas isso não foi suficiente para Damian o respeitar. Foi necessário o garoto ficar numa pior e ver que o Grayson se arriscou para salvá-lo. A partir dai começou uma aproximação dos dois que é interessante por ser única.
Damian passou a respeitar Grayson, como pessoa e como Batman, e inclusive em uma história bastante a frente chegou a admitir que eles são juntos são os melhores, e que Grayson era sua dupla preferida. Tem noção do quanto isso é difícil vindo do Damian? Quando Dick falou para ele ficar com os Jovens Titãs pra fazer amizade e etc, o garoto ainda respondeu algo como “Você já é meu amigo, não preciso de mais nenhum”. Vocês NUNCA vão ver o Damian falando isso de humano nenhum.
Uma vez na posição de Batman, coisas aconteceram e Dick teve de tomar decisões. Ocorreu um erro em uma ação conjunta não programada com a Batgirl da época (Stephanie Brown). A tal Batgirl contava com uns batarangues estilosos, um inclusive com poder e congelar o alvo, e ela sem querer congelou o Damian, comprometendo o sucesso da ação. Após isso, a cena muda pra batcaverna, onde Dick e Barbara discutem devido a seus protegidos.
Barbara adotou a Steph como sua “aluna”, e o Dick literalmente adotou o Damian. Steph congelou o Damian por acidente. Dick é o BATMAN, o Morcego que não pode permitir que erros assim aconteçam. Bárbara acaba tocando no nome do Bruce de um jeito que não desceu bem ao novo Batman, e ele manda ela deixar a caverna levando tudo que fosse dela embora. Talvez as pessoas pensem “caramba, o poder subiu a cabeça, ele já demitiu o Tim, agora faz isso com Barbara e Steph”. São coisas que o Bruce teria feito também, como até FEZ, e pior ainda, fez sem esquentar a cabeça. Dick ainda leva a mão na testa, fica preocupado, reavalia e tal, com o Bruce era na faca mesmo e dane-se.
Isso foi algo ocorrido na revista da Batgirl, e foi algum tempinho depois do início. O início de fato foi contra o Professor Porko e o Capuz Vermelho. Capuz Vermelho, como devem saber, é o Jason Todd. Sujeito não desiste. Foi nesses dias contra o Porko que Damian passou a respeitar o Grayson. Pois até então, ele achava que o cara não merecia usar o uniforme do pai dele.
Isso de enfrentar o Porko e o Capuz Vermelho foi na série principal, porém na Batman e Robin o novo Batman enfrentou algo bem mais próximo… O próprio Robin. Talia Al Ghul, a filha do demônio, mãe do Damian, quase madrasta do Grayson (nunca pensaram por esse lado?), desde o início plantou alguma porcaria no corpo do Damian que lhe dava controle do garoto a distancia por computador. E então, controlando seus movimentos, tentou matar Dick Grayson. Sei que depois de tudo eles encontraram com Talia, muito papo rolou e as coisa se resolveram, óbvio.
Bom, os casos seguem, história continua, Steph continua sendo Batgirl, Barbara continua de Oráculo mas treinando uma outra cadeirante na função também, Damian como Robin, eTim como Red Robin mundo a fora. Cassandra desapareceu, Azrael agora não era mais Jean Paul Valley, mas sim Michael Lane, Mulher-Gato e Caçadora ainda pelas ruas… E o Dick Grayson, aquele garoto criado em 1940 pra ser Robin, o ajudante do Batman, em 2010 era o próprio Batman no lugar de seu pai/mestre, responsável por essa tuma toda em Gotham. Do ano de criação até o ano em que se tornou Batman, foram 70 anos, sabiam?
Observá-lo como Batman foi uma das coisas mais interessantes, pois como Bruce Wayne estava tido como morto, não havia ninguém “acima” pra ditar nada, aquele cara mesmo sendo diferente era o Batman e FIM. Foi engraçado ver as primeiras conversas dele com o Comissário Gordon.
Foi incrível ver que o Comissário notou que era outra pessoa sob o uniforme tempos depois do sumiço do Morcego, deu pra ver que ele deduziu tudo o que deve ter ocorrido, e que aquele era o de mais confiança do Morcego pra assumir o cargo. E o mais legal? Gordon em momento nenhum questionou nada. Ele continuou tratando o “Batman” como quem fala com um “símbolo”, ele ignorou completamente quem ERA o Batman, ele queria falar com o homem Morcego, dane-se quem estivesse embaixo da máscara.
O Gordon olhava para trás, e o Batman não havia sumido como de costume. Perguntava se podia levar as coisas pra analisar, e o Gordon responde “Batman não pede esse tipo de coisa”. Jim praticamente ensinou o que o velho Batman fazia e deixava de fazer, ao mesmo tempo “fingindo” que aquele era o mesmo Batman de sempre. Quase um “Sei que você não é o original mas vou fazer seu jogo. Se te deixaram usar isso na rua deve ter uma boa razão”.
A família morcego ainda tentou em vão ressuscitar o corpo de Bruce Wayne em um poço de lázaro, mas descobriram que aquele não era o corpo original, ressuscitaram um doido varrido vestido de Batman. Essa parte da história contou com participação da Batwoman. E mais uma vez o Dick nos proporcionou uma cena que não seria possível com o Bruce… Um Batman dando uma cantada na Batwoman, com maior sorrisinho de “E ai ruíva, não sei se me conhece… I’m BATMAN. Me liga :D”. Ele falou com todas as letras que tem queda por ruivas. De fato né, Kori e Barbara Gordon foram os amores de sua vida, ambas ruivas.
Outra passagem engraçada desse mesmo período foi quando Rene Montoya, a nova “Questão”, identificou que aquele novo Batman na verdade era o Asa Noturna. Ela o cumprimentou com tapas nas costas e disse algo como “Opa, desculpa. Não sei se você aguenta esses tapas, não to acostumada com um Batman bundão”. E o temível Batman apenas ri e segue assunto como se fosse amiguinho da Questão. E eis a diferença, ele realmente é, e ele não dá a mínima pra imagem “temível” perto dos amigos, ainda mais quando as pessoas SABEM que ali embaixo é o Asa Noturna, o cara bricalhão e simpático. É como o Ronald Golias de repente querer fingir ser sério como um juiz de tribunal. Não rola.
Talvez seu maior desafio como Batman tenha sido na saga “Vida após a morte”, onde ele caça o Máscara Negra. É onde ele “pede” pra analisar uma evidência e Gordon o lembra que o Batman não pede essas coisas. Depois de muita ação, depois de ter sido ferido, desmaiar e ser salvo pelo Robin, depois de muita coisa… Ele descobre quem é o Máscara Negra.
Esse Máscara Negra não é o mesmo que subiu a nível de “chefão” em Gotham durante a saga “Jogos de Guerra”, não é o mesmo que torturou a Stephanie Brown, que matou Orfeu, que invadiu a Torre do Relógio que era base da Oráculo (Barbara) e a fez refém, nem o mesmo que negociou kryptonita por telefone com o Jason Todd durante a saga “Capuz Vermelho”… Esse é o Roman Sionis, o Máscara Negra original. O segundo era outro.
A identidade eu não vou revelar, mas o Grayson descobriu, capturou o cara e ainda levou um souvenir novo pra caverna, a máscara de caveira do Máscara Negra. O fim dessa saga foi épico, a cena do Grayson vestido de Batman num ambiente de pouca luz avermelhada, fitando a máscara mais próximo e o Grayson a seguir. Muito bom.
Houve uma passagem também onde Grayson (como Batman) terminou uma luta entre Tim Drake e Damian (Red Robin e Robin). Eles começaram a lutar em um lugar, e terminaram em outro com o Grayson gritando com eles, mandando eles verem onde estavam. Era o local onde os pais do Bruce morreram, o lugar onde nasceu o Batman e todas as razões que levaram a todos eles estarem fantasiados daquele jeito.
Dick também fez um resgate dos bons. Tim Drake em suas andanças como Red Robin pelo mundo acabou dando de cara com um plano de Ra’s Al Ghul. Novamente, sem detalhes quanto a isso, se não o texto não acaba mais, basta dizer que o Tim Drake armou tudo de forma que todas as pessoas ameaçadas fossem salvas dos ninjas que Ra’s Al Ghul enviou para matá-las, e por fi, ficou sozinho com o Ra’s numa sala alta de um prédio.
Tim é tão bom detetive quanto o Batman, o que até rendeu que Ra’s Al Ghul chamasse a ele de detetive, igual ele faz com Bruce, mas ele não é tão bom guerreiro como o Batman. Na luta contra Ra’s ele levou a pior e foi jogado da janela, na queda rumo a morte Dick passa e o salva no ar.
É bacana ver como os “talentos do Batman” se dividem entre os filhos. Tim Drake é inteligente e bom detetive assim como o morcego, porém não é tão bom lutador e estrategista em campo, coisa que já é talento do Dick Grayson. E nenhum dos dois tem o senso de “vou fazer do meu jeito” do Batman, coisa que o Jason Todd é que tem. Como detetive o Jason Todd não se compara ao Grayson, muito menos ao Tim. Como combatente já o acho mais eficiente que o Tim, mas ainda perde pro Grayson. Enfim, é muito interessante separarem tão bem as diferenças entre os filhos Wayne.
Dick Grayson como Batman também foi membro da Liga da Justiça, ao lado de Donna Troy, Oliver Queen (Arqueiro Verde), Hal Jordan (Lanterna Verde), Jesse Quick, Kara Zor-El (Supergirl), Mikaal Thomas (Starman), Congorilla, Cyborg, Mon-El (genérico do Superman)… enfim, um time dos bons.
Nesse meio tempo ainda ocorreu o evento “Noite Mais Densa” da DC, onde todos os mortos levantam de suas tumbas. Personagens finados como Aquaman (Arthur Cury), Barry Allen (The Flash) e muitos outros voltam a vida. Misteriosamente o Batman não. A familia morcego ainda tenta levar os corpos dos pais do Bruce pra um lugar seguro e etc… Mas Grayson deu de cara com um problema… seus pais ressuscitaram como zumbis, e ele chegou a conversar com seus pais. E um pouco mais que isso também…
A “Noite Mais Densa” passou, confusão vai, confusão vem… Descobre-se que o Bruce realmente estava vivo, só perdido em algum lugar do passado, pois a sanção omega do Darkseid mandou a essência dele pra outra época. Para mais informações, leia “Descanse em Paz: O Capítulo Perdido” Ele praticamente sozinho fez seu caminho de volta, apesar da Liga da Justiça estar viajando por um tipo denexus atrás dele, e apesar de vários outros detalhes… enfim, não vou entrar nesses detalhes quanto ao retorno, pois gosto de explicar o que entendi bem, e esse retorno do Batman pra mim ainda é uma loucura. Antes tivessem metido o corpo dele num poço de Lazarus, a forma de retorno dele foi uma confusão do cacete.
Em uma história, ele voltou super esquisito meio malvado e robôtico, cheio de fio pendurado, e ao mesmo tempo ele também arrumou uma roupa cheia de equipamentos sinistros e ficou “testando os heróis” que estavam protegendo Gotham enquanto ele esteve fora, e ninguém sabia que era ele, acho que ele só revelou ao Tim. Eu não sei o que veio primeiro, ou se alguma dessas coisas não vale, também não entendi bem como ele saiu do passado e foi avançando as épocas… Agradeçam ao Grant Morrisson. Mesmo que haja um sentido nisso tudo, ficou um LIXO. Dá pra ver claramente que não é questão de entender.
Quando Bruce retornou de sua “morte” e foi dar as ordens da vez pra família morcego, ele quis manter Dick e Damian como Batman e Robin de Gotham, pois ele viu do que são capazes juntos, fora que o Comissário, a polícia e o Alfred em si adoram o novo estilo do Batman. Mas voltando ao ponto onde o Bruce ainda estava morto…
Bruce arruma um novo uniforme, sem a cueca por cima da calça, um uniforme cheio de costuras, o simbolo do peito agora era quase o Batsinal, uma elipse amarela que parecia ter luz, estilo a bateria do Homem de Ferro. Sinceramente, não curti.
Ele marca uma reunião com a galera, chama o Robin Vermelho (Tim Drake), a Batgirl (Stephanie Brown), Batman e Robin (Dick Grayson e Damian Wayne), Oráculo (Barbara Gordon)… E começa a passar as novas ordens. Ele pretendia transformar o simbolo do morcego em uma organização de segurança mundial. Privatizar a paz. Cof cof…. cof… Homem de Ferro cof… cof… Eis que temos “Corporação Batman“.
Ele iria precisar de quantos “Batmen” pudesse, um pra cada canto do mundo, inclusive pra Gotham, e como ele mesmo estaria fora da cidade… Grayson e Damian continuam como Batman e Robin em Gotham. Oráculo ia fazer parte da internet 3.0, Batgirl ia ser enviada pra Inglaterra, Red Robin pra Hong Kong e blablabla. Batman contrata um argentino chamado El Gaucho, um japonês chamado Mr. Unknow, um africano que passou a ser o Batwing… e dai vai.
Começa a saga “Incorporated”, e graças a termos 2 “Batmen”, temos algumas oportunidades de ver os dois juntos. Teve um encontro deles em particular, em Gotham mesmo, que foi bem legal. A Mulher-Gato agora tem uma Catgirl, uma versão inexperiente dela. Grayson como Batman não “deixou”, mas não proibiu nem fez nada pra impedir, inclusive em um momento da história quis ajuda dela. Bruce logo de inicio já teve a reação normal de sempre. “NÃO”.
Ele encontrou com Dick em um terraço, e então dois Batmen, cada um com um uniforme, o de uniforme novo (Bruce) visivelmente maior que o de uniforme antigo (Dick) tanto em altura quanto em massa. Bruce fala sobre a Catgirl, Dick começa a explicar que a Selina disse isso e aquilo, e Bruce dá um suave corte:
“Selina não manda em Gotham. VOCÊ manda. Enquanto eu estou fora”. DoisBatmen, se encarando com aquele jeito que faz os marginais desistirem de ir pra rua. A pressão dos olhares ali no meio podia fritar seu cérebro mais rápido que uma pedra de crack.
Os desenhos e roteiros de várias dessas histórias com o Grayson como Batman vem de Tony Salvador Daniel. Um de meus desenhistas preferidos. Sou até suspeito pra falar, deixarei vocês verem a obra de arte por si próprios. Até pouco tempo atrás, Tony Daniel saiu da série mensal, passando a desenhar a Detective Comics, e atualmente a Action Comics.
Bom, ainda dentro da saga Incorporated, ocorreu a história “Julgamento em Gotham”, que citei lá no início desse texto, onde Azrael (Michael Lane) carrega seus amiguinhos, Cruzado e Lume,pra detonarem a cidade por ser um ninho de sujeira, pecado, crimes e blablabla. Ninguém nunca soube disso, né? Batman (Bruce) estava fora da cidade, e a cidade inteira seria julgada de acordo com testes feitos com Selina (Mulher-Gato), Tim Drake (Red Robin) e Batman (Dick Grayson).
A cidade foi condenada, e só seria salva se Grayson se curvasse diante de Azrael. Isso dá origem a uma das cenas onde o Grayson mais ficou parecido com o Bruce nesse tempo inteiro como Batman. Citei no texto da história (Julgamento em Gotham) e cito agora de novo. Ele encara o Azrael de perto e diz “Isso NUNCA vai acontecer”. Sendo que o Azrael estava com o Lume ali prestes a explodir Gotham inteira, e explodir a eles próprios, e o Dick estava sozinho. A situação também se resolveu no fim.
Eu no lugar do Grayson teria dito algo como “Azrael, meu querido. VAI PRA CASA DO são dumas, beber um ninho soleil, jogar peteca e tal”. Ninguém merece isso. Toda hora esse cara tá arrumando problema de graça.
Logo após essa época, entra o reboot, onde Bruce Wayne volta a ser o único Batman, a Incorporated “acaba” com maioria de seus membros mortos, e o papo de ter um Batman em cada canto não vai pra frente. Com exceção do David Zavimbe, o Batman da África (Batwing), que se revela ser um bom herói a carregar o simbolo do morcego, pelo menos até certo ponto. Posteriormente foi substituido por Luke Fox, filho do Lucius Fox.
Dick Grayson volta a ser Asa Noturna, muda de uniforme, mudando a cor da listra de azul pra vermelho e aumentando um pouco o tamanho da mesma. E agora adianto a vocês que… a DC mudou TANTA coisa na história geral do universo DC que eu precisaria escrever outro texto pra lhes apresentar as “novidades e mudanças” na história de Dick Grayson. Isso fica pra um próximo post.
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Não sei pra vocês, mas ele é meu personagem preferido. Sim, mais que o Batman. Não to dizendo que ele seja melhor ou mais eficiente que o Bruce, nunca. Eu sei que no quadro atual onde as coisas estavam ao fim da Incorporated, só o Bruce mesmo poderia encarar determinadas coisas que o até mesmo o grande Asa Noturna ficaria meio perdido e poderia comprometer o sucesso da missão, mas eu me identifico mais com o Grayson.
É super legal ver essas desenhos de fãs do Batman (Bruce) encarando o Galactus e pensar “Putz, só ele mesmo. Único humano sem poderes que podia encarar um devorador de mundos sem demonstrar medo”. Talvez com o tempo, Grayson se tornasse um Batman tão eficiente quanto o Bruce, mas isso são outros 500.
Acho ele um personagem complexo o suficiente para ter sido mantido como Batman. Aquele esquema que estava rodando antes do Bruce voltar a vida, dele como Batman, Damian como Robin, Tim Drake como Red Robin e Stephanie Brown como Batgirl estava perfeito. Dava pra segurar e seguir a história desse jeito, era um novo leque de oportunidades, novidades e tal, MAS, as coisas estão como estão hoje, e tá tudo bem também.
É óbvio que Dick Grayson não é uma pessoa real, ele é fruto da mente do Bill Finger e do Bob Kane, e suas palavras ao longo dessas 7 décadas sairam da cabeça de DEZENAS de roteiristas, mas todos eles tem que se prender à criar tudo em torno da personalidade que o personagem tem.
Temos um sujeito dentro da DC, um dos cabeças, Dan Didio, que há ANOS tenta matar o Grayson nas histórias. Há alguns anos atrás ele tentou, sabem porque ele não conseguiu? Por que teve uma enxurrada de gente reclamando, dizendo que se fizessem isso deixariam de comprar, revolta em tudo que era canto.
Se não me engano uma das tentativas foi na época da Crise Infinita. Inclusive tem uma capa do Batman segurando o Jason como Capuz Vermelho nos braços, e a imagem refletida no sangue abaixo é do Batman segurando o Jason como Robin. Essa capa originalmente era pra ser o Batman segurando o Asa Noturna.
Dentro da DC o cara sofreu com isso. A equipe na época disse “Beleza, produzimos a história dele morrendo como você quer, mas será nosso último trabalho com você”, fora que os próprios cabeças da DC na época não gostaram disso. Precisa mais? Dick Grayson influencia até do lado de fora das revistas.
Não sei até quando essa proteção valerá, pois na saga Forever Evil (da qual ainda irei falar)as coisas prometem ficarem feias pro lado dele, mas ele é um personagem claramente adorado no mundo inteiro, tanto pela galera que participa da produção dos quadrinhos dentro da DC quanto pelos fãs da série fora da empresa. Como eu disse, são 70 anos nas revistas, 70 anos de história. Um personagem exemplar e inspirador.
Esse texto não foi sobre o primeiro Robin, nem sobre o Asa Noturna, nem sobre o Batman da época de ausência do Bruce. Esse texto não foi pra um título de revista, nem para um nome de herói ou um uniforme, esse texto foi para um personagem e toda a sua história. Richard John Grayson.
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